Os eleitores realmente conscientes de que não devem deixar de participar desse processo político de massa, que são as eleições, experimentam um doloroso dilema nesse segundo turno. Dilma e Serra são duas candidaturas que expressam os interesses da direita, caso seja correto, como conceito de direita, aquela força política que se propõe a dar sustentação ao capitalismo. Serra é a direita explícita, sem rodeios; a Dilma representa a direita travestida de esquerda, porém, tão continuísta em termos de compromisso com o sistema como foi Lula em relação aos governos de Itamar e Fernando Henrique. É bem verdade que existe uma terceira saída, o voto nulo ou em branco, mas é uma saída estritamente moral. Ora, considerando que a participação de um verdadeiro socialista, no processo eleitoral, tem unicamente um propósito tático, resta-nos encarar o momento eleitoral deste ponto de vista e responder a seguinte pergunta: taticamente, quem é mais prejudicial a luta anti-capitalista? Uma direita que possibilitaria que as centrais sindicais e estudantis fossem às ruas, ou uma direita populista que conserva a mesma política econômica e financeira, entretanto, mantém engessado o movimento de massa? Por sua vez, é oportuno observar que a “esquerda”, representada pelo PT, PSB e PCdoB, há muito deixou de lado as bandeiras, ditas de esquerda, e mergulhou no mais puro fisiologismo, perseguindo ganhos e benesses através do aparelho de Estado. Velhos princípios foram às favas e muitos deixaram isso bastante evidente. Basta lembrar a diplomacia do governo Lula que se embrenhou em compadrios com o que existe de mais sanguinário entre os governos africanos. Questionado sobre isso, o governo respondeu: “negócios são negócios”, ou seja, princípios à parte. Agora, para tentar viabilizar a eleição de Dilma, eles subtraíram de suas bandeiras a descriminalização do aborto e a candidata virou beata. Pensemos: qual o pior, uma direita explicita, ou outra travestida de esquerda? Nenhuma nem outra. Mas essa escolha não existe, pois teremos uma ou outra e o voto nulo torna-se inconsequente.
É Gilvan meu caro, esse 2° turno pra mim ta bem dificil, ja pensei mil vezes em votar nulo, mais não essa dessição como uma saida.
ResponderExcluirFico aqui matutando uma forma e acho que vou ter que decidir entre o menos ruim, mais ai tbm é dificil, sempre quis uma mulher no poder(lógico, pq acredito que nós somos mais espertas rss -brincaderinha para quebrar o gelo), mais não queria que a mulher fosse a Dilma, queria uma mulher de garra, com idéias próprias e sede de mudança. Então penso: Putz a Dilma ganhando só o que vou ouvir são aqueles idiotas dizendo "ta vendo mulher no poder ñ da certo..." e blablabla...
Mais também não quero o Serra de jeito nenhum.
E sabe as vezes acho que prefiro me "enganar" com uma candidata travestida de esquerda(como vc mesmo diz) do que votar consciente num candidato de direita que em menos de 4 anos ja terá vendido o país!
Sim... essa eleição ta muito dificil!
Xeru.
Plínio de Arruda Sampaio - Presidente, esse foi meu Voto. Gostaria muito que o velho guerreiro estivesse no pareio. Vou ter que escolher o menos ruim, Serra!...
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