Amarildo, ajudante de
pedreiro, preto, pobre e favelado, tinha tudo para se tornar um suspeito, aos
olhos da repressão. Na condição de suspeito, foi levado de sua casa para uma Unidade
de Polícia Pacificadora – UPP, instalada na favela da Rocinha, na cidade do Rio
de Janeiro. Foi levado para averiguação e nunca mais foi visto. Esse episódio
tem servido para revelar o caráter de intolerância do Estado burguês, onde
predominam os preconceitos.
Pobres, pretos e favelados
devem ser vigiados e reprimidos com toda a violência que esse Estado possui. O
caso tem repercutido mundo a fora, e põe por terra, o falso discurso de que
vivemos uma plena democracia e que nela os direitos humanos são respeitados.
Outro fato que fica às
claras, é que o deputado fascista, Marco (in)Feliciano, eleito presidente da Comissão
de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Federal, com a aquiescência oportunista,
tanto do PT quanto do PC do B, não vem a público clamar contra a violência
cometida a pessoa de Amarildo, o desaparecido. Ao invés de se posicionar diante
do fato, mesmo que saibamos ser os Direitos Humanos impossíveis de se
viabilizar nos limites do capitalismo, o citado deputado mantém o mais
vergonhoso silêncio.
Enquanto à pergunta “onde
está Amarildo?” persiste, e atinge todos os rincões do planeta, o governo do sr.
Sérgio Cabral, através dos seus prepostos, desmancha-se em desculpas e se
empenha em manobrar os fatos para não turvar a já emporcalhada polícia.
Cabe-nos compreender que,
não obstante a repercussão dada, ele, Amarildo, não é o único, pois, fatos
semelhantes se repetem dia a dia, hora a hora e não podemos ter a esperança de
ver superada essa realidade tão cruel que não seja através da superação da
ordem socioeconômica vigente, a ordem capitalista, cuja essência está na busca
do lucro, a qualquer custo, para uma minoria, a classe burguesa.
A partir dessa compreensão,
não só devemos resistir à sanha violenta dos opressores, mas devemos tentar, de
toda maneira, superar esses fatos tão avessos aos Direitos Humanos, e buscar a
construção de uma nova ordem, onde possa reinar a igualdade e, por conseguinte,
a justiça e a paz.
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