Em 1964, por iniciativa da burguesia,
os militares foram acionados para perpetrarem um golpe de Estado que impedisse
o perigo de uma revolução social, como acontecera em Cuba. Assim sendo, promoveu-se
a quebra da legalidade, com a prática de um golpe preventivo, de natureza
contra-revolucionária.
Há uma ridícula discussão: se foi o
golpe levado a cabo no dia 31 de março ou no dia 1º de abril. Os golpistas, por
escrúpulo, chamam o episódio de “Revolução
de 31 de março”, entretanto, não se tratou de uma revolução, e sim de um
golpe bonapartista, que contou com o envolvimento, direto ou indireto, de todas
as parcelas da burguesia e com a omissão explícita do PCB.
A vingança de chamar “o golpe de 1º
de abril”, na tentativa de insinuar que se tratava de uma mentira, nunca foi
suficiente para negar sua existência. Mesmo sendo num primeiro de abril, foi
uma dolorosa verdade que atingiu o movimento de massas e as aspirações
legítimas dos trabalhadores, explorados e oprimidos.
Com freqüência, ouvimos os nossos
cientistas políticos, com títulos de mestrado e doutorado, se referirem àquele
episódio chamando-o de Golpe militar. Ora, temos dito que os militares não
constituem uma classe social; trata-se de uma das instituições do Estado
burguês formada por pessoas adestradas na arte de receber ordens sem
discuti-las. E é nessa condição que elas, as Forças Armadas, constituem o braço
armado do sistema capitalista e estão sempre prontas a rasgar toda e qualquer Constituição,
para assegurar o “direito sagrado” da propriedade privada, como monopólio da classe
burguesa. Em defesa da propriedade privada e da segurança da classe burguesa as
Forças Armadas, em combinação com as forças policiais, estão prontas para o
exercício da coação, sempre fieis ao refrão: “prendo e arrebento”.
A esquerda capenga, que é a imensa
maioria, chama indevidamente o golpe, de Ditadura Militar, e nas suas
paupérrimas análises não se cansa de atribuir ao inimigo a causa de nossa
derrota, esquecendo uma lição primária: os inimigos não traem.
Sempre atento no resgate da nossa história, Gilvan Rocha é um dos poucos, pouquíssimos mesmo, que falo do golpe de 64, sem esconder a verdade. Parabéns, camarada!!!
ResponderExcluirJuntos, haveremos de derrotar esse monstro que está destruindo o planeta e por via de consequência a vida. Sobre o desmoronamento do capitalismo, devemos construir um mundo verdadeiramente socialista, onde reine a prosperidade e a paz social. Queremos uma sociedade de possibilidades, que todos possam viver com dignidade e respeito mútuo!!!
ResponderExcluirNossa luta, camaradas... Não é uma luta qual quer, ela tem a nobre finalidade de transformar, esse mundo de explorador e explorados, em um mundo socialmente justo. Unidos, venceremos!
“Trabalhadores do mundo, uni-vos!!!”