Espetáculo vergonhoso vem acontecendo na
disputa eleitoral da prefeitura de São Paulo. Num primeiro momento, vimos o Sr.
Lula tirar do bolso do colete o nome que deveria ser candidato do PT a prefeito
dessa cidade. A atitude autocrática desse senhor produziu espanto e o
descontentamento de pessoas, como a senadora Marta Suplicy, que se considerou
atropelada no seu direito de ser candidata. Não bastasse esse comportamento, se
pôs o sr. Lula a carregar sob a sua sombra a figura desprovida de história e de
atitude do ex-ministro da educação, Fernando Haddad, cuja passagem pelo citado ministério, deixou as
marcas de sua incompetência, principalmente na realização do ENEM.
Tutelado, sem atitude e sem representatividade,
o sr. Haddad foi arrastado pela coleira para uma visita ao sr. Maluf, símbolo
da corrupção e do desmando no cenário da política brasileira. Ostentando um
riso amarelo e deixando bem clara a fragilidade de sua personalidade, o
ex-ministro desfila sob a proteção do seu padrinho parecendo mais um robô,
desprovido de qualquer sinal de vontade, pronto a obedecer aos mandos do seu
tutor.
A
cidade de São Paulo não merecia tamanho ultraje. Por sua vez, o fato de Lula
ter ido, tão longe, em suas manobras politiqueiras, levou a ex-prefeita de São
Paulo e hoje deputada federal pelo PSB, Luiza Erundina, a renunciar a sua
condição de candidata a vice-prefeita na chapa do tutelado Fernando Haddad. Na
sua renúncia em compor a chapa petista, a deputada Erundina expressou a sua
indignação com a atitude degradada assumida pelo “chefe” e referendada pelo
Partido dos Trabalhadores num vergonhoso espetáculo como é essa aliança PT-Maluf.
Esse episódio demonstra o nível de apodrecimento a que chegou a prática da
política levada a cabo pelos mais diversos partidos, sem que haja uma fronteira
ideológica ou ética, para construção das alianças predominantes nas disputas
eleitorais, levando o povo a entender, mesmo equivocadamente, que todos os
políticos e partidos são iguais e isso não é verdade.
Excelente o artigo de Gilvan Rocha, porque essas atitudes, só se encontrar explicação, diante dos verdadeiros cafajestes e de pessoas com total ausência de caráter. “Haddad o tutelado”, é merecedor de uma profunda análise.
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