Para
a sra Dilma, ex-guerrilheira nos anos de chumbo, chamado impropriamente de
Ditadura Militar, seus inimigos não são os seus torturadores e muito menos o
sistema capitalista que ela procura gerenciar com toda competência. As suas
relações com as forças armadas, e policiais, braços de sustentação da ordem
vigente, são amistosas e até dotadas de muita cortesia. Não são pois, as
instituições de sustentação do capitalismo, nem tampouco o próprio capitalismo
que são vistos como seus inimigos. Os inimigos da ex-guerrilheira são: o PSDB,
o DEM e o PPS.
Contra
o PSDB, ela abre a sua artilharia, partindo do pressuposto de que essa
agremiação política é o inimigo principal de toda a humanidade, representante
de um cruel modelo de gerenciamento do sistema, qual seja o modelo neoliberal.
Contra esse perverso modelo, uma certa esquerda de feição acentuadamente
direitosa, opõe, não o socialismo mas, um outro modelo de políticas econômica,
de natureza nacional-desenvolvimentista que deverá tornar o atual sistema
socioeconômico um sistema humanizado, palatável a todos os gostos e isso é um
juízo sem nenhum fundamento.
Essa
dicotomia: neoliberalismo versus modelo nacional-desenvolvimentista, não passa
de uma deslavada fraude política, cuja serventia é enganar consideráveis
parcelas do povo, principalmente os setores tidos como mais politizados. É
falso, profundamente falso, pretender que exista no âmbito do capitalismo,
diferenças substanciais entre o
público e o privado. Esse engano advém do fato de não se entender o verdadeiro caráter
de classe do Estado. No capitalismo, o Estado é um instrumento político-militar
da burguesia e o que é estatal não é do povo, como tanto propala a velha
esquerda direitosa que tantos serviços, tem prestado ao exaurido capitalismo
que se mantém de pé por conta de altos custos sociais.
Não
é de estranhar, portanto, que diante das impossibilidades de investimentos
estatais nas obras de infra-estrutura, o governo petista lance mão de um pacote
de medidas em que a privatização ostensiva dos investimentos nas obras infra-estruturais
sejam colocadas como imprescindíveis.
Trata-se de uma circunstância imperiosa, onde
as necessidades do próprio sistema, determinam a conduta política a ser tomada e
a sra Dilma não poderia fugir dessa contingência, quando sabemos que o seu
governo, como todo governo no âmbito do capitalismo, está a serviço da
burguesia. Ela procura levantar uma cortina de fumaça quando agride os
neoliberais , enquanto resguarda os interesses maiores do capitalismo.
AMEI SEU BLOG,TINHA UM AMIGO Q GOSTARIA MUITO DE SEUS COMENTARIOS SAO BEM PARECIDO COM A OPINIÃO DELE MAS E UMA PENA ELE NÃO ESTA MAIS AQUI
ResponderExcluirGilvan Rocha, acertou na mosca. Realmente, à esquerda direitosa, no lugar de atacar o sistema capitalista, dirige sua metralhadora, contra os neoliberais e o imperialismo ianque. Deixando o inimigo dos trabalhadores (CAPITALISMO), isento de qualquer correção. Isso, é o que podemos chamar, de braço auxiliar da burguesia!... Aliais, esse papel de braço auxiliar do sistema vigente, tem sido, muito bem representado, pelo: PT, PCdoB e PSB.
ResponderExcluir