O
sr. Lula da Silva fabricou a candidatura do desconhecido Fernando Haddad e com
ela foi às ruas para elegê-lo prefeito da cidade de São Paulo. Diante das
opções que se colocaram para os eleitores paulistanos, por um processo de exclusão,
terminou-se por eleger Haddad, para prefeito daquela cidade.
Ocorreu,
entretanto, um episódio intrigante. O sr Lula interpretou que o eleito teria
sido ele e, em uma reunião de secretários municipais, ele sentou-se no lugar do
prefeito e, nessa condição, passou a determinar os afazeres dos secretários,
uma inequívoca posição de prefeito de fato.
Parece
que ninguém detém a megalomania desse ex-metalúrgico que tantos serviços
prestou e vem prestando ao sistema capitalista. Exímio palanqueiro, o sr Lula
da Silva conseguiu garantir, à grande burguesia nacional e internacional, a
tranquilidade social e política que ele havia prometido em sua “Carta ao Povo Brasileiro”,
quando deixou claro que não havia razões para os temores das classes ora
dominantes, uma vez que o leão seria mansinho.
Utilizando-se da máquina partidária (PT), da
CUT, da UNE e de outras centrais sindicais e estudantis, ele pôde garantir que
as massas populares iriam estar em plena imobilidade, enquanto a grande
burguesia auferia lucros.
Através da ampliação do programa
assistencialista, implantado por Fernando Henrique e rebatizado como Bolsa
Família, o sr. Lula conseguiu montar um imenso colégio eleitoral que haveria de
lhe conferir altos níveis de popularidade. Não esteve esse senhor, em nenhum
momento, movido qualquer gesto de desaprovação ao sistema capitalista,
responsável por tantas e quantas chagas sociais. Ao contrário disso, ele se
esmerou na tentativa de produzir um “capitalismo de feição humana”, posição essa
bem ao gosto da burguesia, que repete o falso discurso de que o capitalismo é
bom, desde que administrado com competência, honestidade e generosidade.
Foi
no quesito generosidade, que o sr. Lula buscou construir a sua imagem, tipo
“Pai dos Pobres”, embora escondam que ele foi realmente a “Mãe dos Ricos”, pois
eles, os ricos, nunca usufruíram de tantos benefícios e tantos lucros, como no
governo do ex-metalúrgico e hoje, prefeito
de fato da cidade de são Paulo.
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