A
cultura judaico-cristã exalta a pobreza como fator importante para o cultivo
das virtudes e estigmatiza os ricos, atribuindo-lhes graves defeitos de índole.
Esse viés cultural, sempre está presente em nossas vidas, particularmente na
atividade política, quando algumas pessoas colocam a sua origem humilde como um
trunfo para merecer a preferência e a confiança dos demais. Recentemente, o
noticiário político dava conta de que o estado de saúde do Coronel Hugo Chávez
era tão periclitante que poderia desembocar no seu falecimento. Antes de
submeter-se a uma quarta cirurgia que lhe curasse do câncer, o Coronel Hugo
Chávez apontava a figura de seu vice-presidente como possível candidato, em
caso de sua ausência.
A
imprensa noticiando essa escolha do coronel venezuelano, ressaltava que o sr.
Nicolas Maduro, era um homem de origem humilde. Ora, o exemplo mais contundente
de que a origem humilde de um fulano ou de um sicrano não pode servir como
garantia de um comportamento ilibado, nós temos, sobejamente, no caso de Joseph
Stálin. Esse senhor, filho de um sapateiro alcoólatra e de uma mãe lavadeira,
era membro do Comitê Central do Partido
Bolchevique que tinha em seu currículo um passado de pobreza e miséria, isso,
contudo, não impediu que essa figura dantesca se transformasse no maior algoz
da humanidade, pondo por terra a premissa de que a pobreza gera virtudes.
Quanto
ao sr, Adolf Hitler, também vinha de uma origem econômica bastante modesta e
isso também não evitou que ele procedesse junto à História como o mais
tresloucado assassino. O metalúrgico polonês, Lech Walesa, após liderar a luta
política contra o estado policial, veio assumir a presidência daquele país e
prestar um grande serviço ao imperialismo no processo de reestruturação do capitalismo
na Polônia.
E o
que dizermos do retirante da seca nordestina, Luís Inácio da Silva, que na Presidência
proporcionou grandes serviços aos banqueiros, ao agronegócio, aos industriais,
aos exportadores, enfim, ao grande capital, enquanto se empenhava em manter sob
controle as massas populares, servindo-lhes migalhas? O sr. Paulo Malluf disse:
“Diante dos banqueiros, eu pareço ser comunista, enquanto Lula se apresenta
como um esmerado servidor desses senhores”. Vê-se pois, o quão infundada é a
cultura judaico-cristã na sua exaltação á pobreza como fonte de virtudes.
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