O Partido
dos Trabalhadores nasceu como um facho de esperança para os explorados e
oprimidos. Dessa forma, foi acolhido por agrupamentos políticos de perfil
socialista. Existiam, na formação do PT, três grandes correntes. Em primeiro
lugar, gozando de aceitação e respeitabilidade, estavam os sindicalistas do ABC
Paulista e de outras regiões ressaltando-se Contage em Minas, Osasco em São Paulo,
bancários no Rio Grande do Sul e outros sindicalistas espalhados, Brasil a fora,
que se insurgiam contra os pelegos sindicais. A segunda corrente, de grande
peso, na formação do partido, foi a dos “igrejeiros” que através das
Comunidades Eclesiais de Base foi importante para que o partido pudesse se viabilizar.
Num terceiro plano, estavam os grupos ditos marxistas-leninistas e
“marxistas-leninistas-trotskistas”, sendo que essa terceira corrente, além de
fracionada, gozava de menor peso.
Não existia uma formulação política que
pudesse nos autorizar a dizer que o PT era um partido socialista. Apostava-se,
porém, no seu potencial social e, particularmente, na sensibilidade e intuição
da classe trabalhadora que compunha os seus quadros de filiados e militantes.
Padecendo de
raquitismo na sua compreensão teórica, reinava a fragilidade política dessa
agremiação, sujeita às mais diversas pressões à direita, levadas a cabo pela
burguesia e seus prepostos. A cada concessão que fazia, era festivamente
aplaudido pela burguesia que afirmava estar essa agremiação amadurecendo. Na
verdade, o PT, no seu início, era um partido realmente verde, tornou-se, aos
olhos da burguesia, um partido maduro, para depois entrar num processo de
apodrecimento, indo cair nos braços do PMDB fisiológico, expressão da corrupção
e da bandalheira, representado por figuras como Sarney, Calheiros, Temer,
Barbalho, Jucá e por que não dizer? Maluf.
Criou-se,
então, um PT de livre escolha. Você tem o PT-Mensalão; o PT-Aloprados; O
PT-Maluf; O PT-SANGUESSUGA O PT-BNB. Só não existe o PT que represente os reais
interesses históricos da classe trabalhadora.
Muito interessante o artigo de Gilvan Rocha. À esquerda deve muito a esse grande articulista socialista. Mais uma vez, parabéns!
ResponderExcluir