HÁ MAIS DE DOIS MIL ANOS
Sim, já faz
mais de dois mil anos que nasceu o cristianismo. A espinha dorsal da doutrina
cristã é fazer o bem, sobretudo amparar a massa do povo infelicitado. Até
parece que os detentores de grandes fortunas terão condições de servir aos
desprovidos, aos pobres e miseráveis ao seu bel prazer.
Seria, justamente,
esses ricos e aquinhoados que teriam o privilégio de praticar o bem, levando a
cabo algumas iniciativas que deixam em evidência, aos olhos de Deus, quão bons
são os seus corações. Quando um rico ou apenas um aquinhoado comete um ato de
bondade ele está sendo observado e seu ato caridoso será devidamente registrado. Tudo funciona como se fosse
uma poupança, “afinal, quem dá aos pobres, empresta a Deus”,e por Ele será
beneficiado.
Dessa forma,
quem faz para os pobres está fazendo, sobretudo para si mesmo, pois merecerá as
divinas graças na vida eterna. Ao pobre, ao miserável, àqueles que padecem de
extrema pobreza, lhes é furtado o direito de serem bom e a cartilha que registra
os atos caridosos não poderá ter o seu nome, pois ele vive sob a linha do
desespero e assim, estará muito mais fadado a cometer pequenos ou grandes atos
de delinquências, e, com certeza, merecerá registro em outra cartilha e nunca
na cartilha da salvação.
Por sua vez,
é oportuno lembrar, que os ricos e os aquinhoados representam a extrema minoria
da população. Calcula-se que o seu número não chega perto de atingir a parcela
de dez por cento da humanidade. Caso esses ricos e aquinhoados fossem dividir o
que têm com os pobres e miseráveis, estaria fundado o reino da miséria, o que
seria uma estúpida insensatez.
O
cristianismo, como já foi dito, teria nos seus primados: o cuidar dos pobres.
Faz mais de dois mil anos que eles levam avante essa missão. Como resultado,
muitos foram contemplados como santos, anjos e, alguns asseguram outros lugares
na corte celestial. Não se sabe de nenhum miserável, mesmo que eles representem
a imensa maioria da população, tenha merecido tamanha honraria. Enquanto isso,
o mundo continua dos ricos, dos aquinhoados, dos bilhões de pobres e miseráveis
e assim será enquanto subsistir o capitalismo.
Com todo o respeito... O senhor está lutando por uma utopia egoísta... Afinal, isso é o socialismo. Uma crítica extremada e ingenua que prega o fim de um sistema que nada mais é do que a expressão dos valores naturais dos homens, da qual o mais evidente é o egoísmo. Sendo assim, a luta não deve ser para que o sistema chegue ao fim, mas sim que o sistema possa se tornar majs humanizado e dotado de instituições capazes de regularem o seu ímpeto natural.
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