A ELEIÇÃO DE OBAMA
O capitalismo,
apesar de exaurido, exerce uma hegemonia política quase absoluta, em escala
mundial. Não existem movimentos anticapitalistas que mereçam ser citados. Ontem,
06/11/2012, tivemos uma renhida disputa eleitoral nos EUA. Disputavam duas
grandes correntes políticas: uma de extrema direita, representada pelo Partido Republicano
e outra de direita moderada, representada pelo Partido Democrático.
O extremo direitismo
dos republicanos, vai tão longe que eles, em campanha, não se cansavam de
acusar Barack Obama de socialista e, até mesmo de bolchevique. Assim faziam porque
as massas populares norte americanas, foram ganhas, política e ideologicamente,
para o mais ferrenho e obstinado anticomunismo. Para esse trabalho de lavagem
cerebral foi de grande importância a contribuição que deu o
stalinismo-trotskismo, quando de forma equivocada, negou-se reconhecer em tempo
hábil, a derrota da revolução socialista em escala mundial e, especificamente,
na própria Rússia.
Usando, indevidamente,
o carimbo de “marxismo-leninismo”, ou mesmo de “marxismo-leninismo- trotskismo”,
esses senhores se negaram a ver que ao invés de socialismo o que se construía
na URSS era o capitalismo de Estado, com as todas suas desastrosas consequências.
Diante desse
quadro, sumamente desastroso, a burguesia internacional, após criar um cordão
de segurança anticomunista, através da implantação dos chamados Estados de Bem
Estar Social, levou avante, um eficaz trabalho de propaganda, expondo o
totalitarismo praticado naqueles países que compunham um pretenso mundo socialista. Fieis as resoluções tomadas no X
Congresso do Partido Comunista russo em 1921, os
marxistas-leninistas-trotskistas, levaram até as últimas consequências, a
completa supressão do livre debate, a imposição do partido único, enfim, o Estado
policial. Diante disso, espertamente, as forças políticas do capitalismo exibiam
aquele quadro como decorrência natural e imperativa do movimento socialista, e
contra aqueles absurdos, eles exibiam a democracia burguesa amplamente
exercitada nos países capitalistas avançados como os Estados Unidos, a Europa
Ocidental e o Japão, isso após a Segunda Grande Guerra.
Ninguém fez
tanto pelo “anticomunismo” como esses longos anos de stalinismo e aí está, o
mais avançado país capitalista, acerbamente dividido entre uma direita fascista
e outra moderada, como bem retrata a eleição de Barack Obama.
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