Parodiando Herbert Marcuse, poderíamos afirmar que a massa do povo,
incluindo-se, é claro, a tão falada massa proletária, se encanta com pequenos
ganhos obtidos no seu dia-a-dia, sejam esses ganhos fruto de sua luta ou
obtidos como dádiva “generosa” dos senhores do poder.
Um diminuto espaço para morar, uma geladeira, um freezer, uma TV LCD e, (suprema
felicidade!) um automóvel, são elementos suficientes para levar as camadas
populares ao conformismo e à fácil cooptação política pela classe ora
dominante.
Tal comportamento das massas populares não é próprio apenas do Brasil, e sim,
de todos os recantos do mundo. Aqui, tivemos o exemplo patente do populismo
lulo-petista, oferecendo ao capitalismo a paz social para que pudesse usufruir
grandes lucros sem nenhuma ameaça.
Respeitando os pilares fundantes da política econômica implantada pelo
Plano Real, o lulo-petismo teve condições de implementar algumas políticas
sociais que implicaram em pequenas melhorias na condição de vida das massas e
isso tem sido razão para que elas levem a cabo a festa dos inocentes que se expressou
na vitória eleitoral da candidata Dilma Rousseff em 2010 à Presidência da
República e a de Fernando Haddad a prefeito de São Paulo.
Não percebe o povo, incluindo-se,
como já foi dito, a massa proletária, que ele tem direitos históricos muito
maiores do que as migalhas que lhe são ministradas pelo sistema capitalista no
Brasil através do governo lulo-petista. Não percebe, que do ponto de vista
histórico, tem o povo o direito supremo de libertar-se dos grilhões de um
sistema cuja alma é a busca incessante de lucros e foi, justamente o lucro,
medula do capitalismo, que foi assegurado à burguesia, nesses últimos anos,
especialmente na gestão petista, que tão bem se aproveitou o velho sistema.
Diante desses fatos, resta-nos a nós, socialistas revolucionários, a
tarefa de despertar as massas populares de sua inocência e nunca acalentar suas
fantasias como tem feito o PT, o PCdoB e o PSB que funcionam como o braço
esquerdo do sistema.
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