É muito comum se ouvir que o pior inimigo
é o falso amigo. Quanto ao inimigo, nós, podemos estar preparados para enfrentá-los
e nos protegermos de suas investidas. O contrário disso, ocorre com o falso
amigo, ele pode, partilhar nossas mesas, comungar do nosso convívio e isso, nos
desarma completamente, ao ponto de confiarmos a esse falso amigo tarefas de nossa
estrita confiança. Do falso amigo podemos ouvir opiniões, conselhos, e os considerarmos
legítimos e sinceros.
Os trabalhadores, do mundo inteiro,
tiveram como íntimo parceiro um falso amigo: o Partido Comunista. Por não
perceber que se tratava de um falso amigo, milhões e milhões de trabalhadores,
consideraram os discursos e as propostas desse partido, como se fossem do seu
interesse. O inimigo sempre foi e é, a burguesia. Ela é o inimigo declarado,
ostensivo, e devemos estar atentos. O mesmo não se dá com os falsos amigos.
A missão política da classe burguesa é
manter de pé, a qualquer custo, o capitalismo. Para cumprir essa tarefa ela, a
burguesia, se apóia em vários discursos soberbamente mentirosos. Caberia aos socialistas denunciarem essas
mentiras e difundir mensagens educativas para os trabalhadores, baseadas na
verdade histórica. Entretanto, não foi isso o que realmente aconteceu e vem
acontecendo. A esquerda, de matriz stalinista, portou-se e se porta como falso
amigo, contribuindo, por via de suas mentiras, com a sustentação desse sistema
sócio econômico, jogando um papel sumamente perverso quando, também, mente e
desinforma as classes trabalhadoras.
Em face desse quadro tão adverso, devemos
fazer todo o empenho no sentido de refutar os discursos mentirosos da burguesia
e, ao mesmo tempo, refutar os discursos enganosos dos falsos amigos
representados por várias correntes, ditas de esquerda, que até usam os rótulos
de socialistas e comunistas. Devemos ter em conta que a verdade é revolucionária,
e a mentira dos inimigos e dos falsos amigos serve para dar sustentação a esse sistema sócio econômico exaurido.
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