A
burguesia domina o mundo através da mentira política. Dentre elas, está essa
história de que na democracia deles, na democracia burguesa, existe alternância
de poder. Já dissemos que o poder não é rotativo, o que é rotativo são os
governos. Eles representam propostas de políticas econômicas. O poder
representa a própria economia, o que no nosso caso é a economia capitalista.
Mas
uma pergunta torna-se por demais pertinente: onde estão os cientistas políticos
daqui e dali que não denunciam essa grotesca fraude? Onde estão os
“marxistas-leninistas” que não protestam contra esses embustes da esperta e cavilosa
burguesia?
Temos
dito que as tão mitificadas universidades, no sistema capitalista, têm dois
objetivos precípuos. O primeiro deles é formar técnicos e cientistas que
deverão prestar serviço aos negócios do sistema. Lembremos que o bombardeio
atômico de Hiroshima e Nagasaki, não teria sido possível, não fosse o empenho e
a eficácia de técnicos e cientistas, bem remunerados. O segundo objetivo das
universidades, é formar ideólogos para bem servirem as classes ora dominantes,
defendendo conceitualmente a ordem por eles estabelecida.
A
burguesia, repetimos, ampara-se no império da mentira. Algumas delas, têm
raízes milenares. Outras são mentiras modernas. Existem aquelas produzidas pela
festejada Revolução Francesa que ainda hoje povoam a cabeça dos chamados
políticos progressistas e de seus inúmeros bacharéis, mestres, doutores e
pós-doutores. Dessas mentiras modernas destaca-se uma verdadeira pérola, o
famoso “Estado de Direito”. Ora, no capitalismo, o estado é o guardião da ordem
burguesa, da exploração do homem pelo homem, e assim sendo, não passa de um
estado de direita. Eles separam o estado em duas categorias: o estado de
exceção chamado de ditadura e o Estado de Direito chamado democracia e isso é,
do ponto de vista da essência, um caviloso e falso jogo de conceito que fazem a
cabeça da maioria dos intelectuais, inclusive os ditos “marxistas-leninistas”.
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