Quando
Inácio Lula da Silva, o metalúrgico, dirigia o Partido dos Trabalhadores, cuja
marca era a de que seria um partido diferente,
que praticaria também uma nova política, fiel à máxima do capitalismo de
que o sistema é bom desde que bem gerenciado, o nosso metalúrgico cunhou o
slogan: “o modo PT de governar”. Esse modo haveria de tornar o capitalismo
justo e palatável ao gosto de todas as classes e camadas sociais. Estaria feito,
então, o grande milagre social.
Não bastasse esse discurso,
Lula se ocupava em expor as mazelas do capitalismo, atribuindo-as à mazelas de
governos, dizia ele: “o que falta é vergonha na cara”. A cada desacerto,
falcatrua, irregularidade o nosso metalúrgico berrava a todos pulmões: “são
maracutaias, negócios desonestos, praticados contra o povo”. Não se contendo
diante de tantos malfazejos, denunciou com toda veemência: “no Congresso
existem mais de trezentos picaretas”. Ora, logo que Lula chegou ao governo, ao
invés de cessarem, proliferaram as tão denunciadas maracutaias. Foi o tão
escandaloso mensalão, prática
desonesta e obscena, capitaneado pelo chefe petista da quadrilha, José Dirceu,
e formada por tantos outros delinquentes. Diante do escândalo, Lula teve o desplante
de vir a público dizer: “Isso se chama caixa
dois, e todos os partidos praticam”. Mas o PT não seria um partido
diferente? Isso pouco importa, e se sucederam as maracutaias: Valdomiro, na
Casa Civil, “sanguessugas”, no Ministério da Saúde, a palhaçada dos aloprados,
novo escândalo na casa Civil, com Erenice, invasão de sigilo fiscal e por
último o escândalo do “Porto Seguro”.
Quanto
aos picaretas, Lula se deu muito bem com eles. Tornou-se notória sua
aproximação com figuras como: José Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros,
Romero Jucá e outros tantos mestres da picaretagem. Com eles, Lula soube muito
bem se entender e trocar valorosos favores às expensas dos interesses maiores
da população. Correram livres as mutretas e “nunca antes na história desse
país” os picaretas entenderam-se tão bem.
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