Não seria correto imaginar que o
Brasil é social e economicamente uniforme. Não! O Brasil, como todo o mundo
capitalista, é marcado pela presença de pelo menos, duas classes sociais,
bastante distintas. De um lado, está a classe burguesa, dona dos meios de
produção, dona das fábricas, dos bancos, do grande comércio. Do outro lado,
estão as classes trabalhadoras, que despossuídas dos meios de produção, só lhes
restam a força de trabalho para ser vendida como mercadoria a troco de salário.
Vemos pois,
como duas classes, com interesses imediatos e históricos diferentes, compõem
aquilo que genericamente é chamado de país. Como essas classes sociais têm
interesses distintos, concluiu-se que, no mínimo, têm-se dois lados: o lado da
burguesia e o lado dos trabalhadores.
Quando veio à
público, na campanha presidencial, a música repetindo o refrão “Lula Lá”, nós caepistas,
também saímos à público clamando pelo “Lula cá”. Queríamos que Lula não fosse
para o outro lado, como terminou por acontecer.
A passagem do
Lula, que inicialmente, parecia ser um legítimo representante dos interesses
imediatos e históricos das classes trabalhadoras, para o lado da burguesia, particularmente
dos banqueiros, mostrou-se um talentoso político a serviço da manutenção do
capitalismo e, como tal, foi reconhecido pela cúpula dos países ricos, quando
foi aclamado como, o personagem do ano.
Por sua vez,
Barack Obama não se esqueceu de “honrá-lo” com o título de “o cara”. Foi nisso
que redundou o Lula lá. O lá significou o abandono do cá, e isso tornou-se um
episódio de graves consequências para os reais interesses das classes
trabalhadoras.
Hoje
acreditamos irreversível a posição da maioria dos grandes dirigentes do PT que
junto ao Lula, passaram de malas e
bagagens para o lado da burguesia e para bem servi-la, tratou de engessar as
centrais sindicais e estudantis, garantindo a paz social para que os
capitalistas lograssem os seus polpudos lucros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário