Telefonamos
para um companheiro de São Paulo, as vésperas do carnaval, e perguntamos se ele
ia festejar o “Rei Momo”. Ficamos horrorizados com a sua resposta: “Irei
participar do bloco Unidos contra o
Império, organizado pelos
comunistas”.
Os
longos anos de total hegemonia política do stalinismo, serviram para produzir
essa excrescência política que responde pelo nome de antiamericanismo.
Expliquemos melhor: O stalinismo, produto da derrota da revolução socialista,
em escala mundial, substituiu o princípio da luta de classes pela presumida
contradição maior entre nações
opressoras e nações oprimidas. Lançando mão da malfadada Academia de
Ciências da URSS, com os seus manuais, e da Terceira Internacional, como
instrumento da política soviética, foi imposto ao mundo um conceito totalmente
distorcido de imperialismo, esquecendo que o imperialismo, como “fase superior
do capitalismo” é decorrência do processo de desenvolvimento do sistema
socioeconômico aludido.
O
imperialismo é EUA, Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Espanha,
Bélgica, Japão... ou seja, imperialismo é a conjunção das corporações que
atravessam fronteiras e determinam seus interesses em todos os recantos do
mundo. Ao invés dessa compreensão, estabeleceu-se que imperialismo é tão
somente os Estados Unidos. Isso porque, como nação mais apetrechada
militarmente e de maior peso econômico, prestou-se a servir de gendarme do
imperialismo. Ou seja, passou a exercer em nome do sistema, o papel de polícia
e é natural que contra toda e qualquer polícia, desperte-se uma antipatia.
Em
decorrência desses fatos, criou-se todo um sentimento e um posicionamento,
estritamente anti-ianque, cuja expressão mais recente é a oposição ao Império
do Norte para os países sul-americanos. Essa postura política, abandona a luta
de classes como contradição fundamental e passa ao largo do verdadeiro conceito
de imperialismo, produzindo um nacionalismo tosco e até sujeito a posições
esdrúxulas como a de promover simpatias pelo antiamericanismo fascista do
Talibã, do Irã, da Síria, como exemplos. Isso é um horror!
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