Seria uma medida inteligente colocar
raposas para servirem de guardiãs de um galinheiro? Não, pois sabemos muito
bem, com que avidez as raposas partiriam para devorar as suas presas, no caso
as galinhas postas diante delas. Diante do retumbante escândalo do Carlinhos
Cachoeira, que disputa em tamanho com o escândalo do Mensalão, resolveram,
diante da grita geral, criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito, para apurar
o tamanho dos crimes perpetrados e o volume dos valores que foram desviados por
uma verdadeira quadrilha que se instalou, como se instalara dantes o Mensalão,
no seio do governo e tal qual um polvo, estendeu os seus tentáculos por todas
as unidades da Federação, por todas as instituições e partidos.
Pois bem, para formar essa Comissão,
foram escolhidas algumas figurinhas
carimbadas do nosso pútrido cenário político. Dentre essas figurinhas tão
sujas, destaca-se a do hoje senador Fernando Collor, que foi indicado pelo PTB,
como membro da Comissão.
Sabemos que Fernando Collor, o
“caçador de marajás”, foi enxotado da Presidência da República, tamanhos eram
os seus desmandos e falcatruas, onerando aquilo que eles costumam chamar de
“Custo Brasil”.
A burguesia tem consciência de que a
administração do País tem um custo, face às despesas com a máquina
administrativa, sua manutenção e investimentos em obras de infra-estrutura.
Na previsão burguesa, do “Custo
Brasil”, uma fatia é destinada a pagar pelos desperdícios, outra a incompetência
e outra os desfalques. Quando a incompetência, o desperdício e a roubalheira se
avultam, cresce o “Custo Brasil”, e assim, pouco sobra para o necessário
investimento em infra-estrutura, tão importante para o crescimento do
capitalismo. Collor extrapolou e foi posto fora, para voltar como senador e
hoje é membro de uma CPI.
O “Custo Brasil”, nas mãos do PT,
tem sido oneroso, pois muito se gasta para manter as organizações populares em
silêncio, engessadas, entretanto, isso se tornou um bom negócio para a
burguesia, mas precisa “cuidado”.
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