Eis uma questão que está na ordem do
dia. É intrigante observar que, significativos setores da burguesia, estão
transformando a questão em bons negócios ou estão se utilizando da onda para
propor saídas no âmbito do capitalismo.
Como primeiro exemplo, apontemos o
fato de que proliferam os “partidos verdes”. Por seu lado, o ex-vice presidente
dos Estados Unidos, Al Gore, produziu um filme de qualidade técnica e de bom
nível de comunicação, defendendo o meio ambiente. Por sua vez, cresce o número
de empresas multinacionais que produzem mensagens de apoio à preservação do planeta.
O intrigante é que esses discursos,
regra geral, são dotados de caráter oportunista ou romântico. É romântico,
quando somos convocados a promover campanhas tipo “plante uma semente”; é
romântico, quando somos chamados a rejeitar copos descartáveis e usar os
duradouros.
Pode-se dizer que essas atitudes,
embora inócuas, têm caráter simbólico, mas deve-se dizer que tanto no caso da direita, como da esquerda, termina-se preso
a um discurso maroto, qual seja: quem destrói a natureza? E então, temos como
resposta dada, tanto pela Rede Globo, como por pessoas bem intencionadas, que a
causa é o homem e a solução é construir
uma cultura preservacionista.
Essa colocação peca pelo equívoco,
peca em razão de não dizer, de forma clara e insistente, que a causa da destruição
do planeta não está na simples ausência de uma consciência ecológica e sim no
caráter predatório do sistema capitalista.
O capitalismo marcha celeremente
para a destruição do planeta, para a destruição da vida. É dever das pessoas
conscientes e que não tenham compromisso com a sustentação desse sistema
socioeconômico, promover campanhas que impopularizem o capitalismo, revelando o
seu caráter destrutivo, o seu caráter desumano. Para isso, faz-se necessário
não se prender, mesmo que bem intencionados, ao discurso burguês que semeia a
lenda de que a educação ambiental é forma de barrar esse processo que atenta
contra a vida.
À esquerda direitosa, joga sempre pelas pontas e nunca pelo centro, isto é: nunca ataca o causador de todos os males, o capitalismo. Será que faz isso por conveniência, ou desinformação? Espero sinceramente, uma explicação racional e convincente!...
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