A derrota do socialismo em escala
mundial, ocorrida na década de vinte do século passado, trouxe desastrosas
consequências que, hoje, se apresentam com toda gravidade.
A inviabilidade de um projeto
socialista, no âmbito de um único país, e o profundo atraso econômico e
cultural da Rússia, determinou que ali se cumprisse um programa de construção
do capitalismo, levando-se avante tarefas da revolução burguesa. Naquele país,
a implantação do capitalismo dar-se-ia de forma bastante diferente do que
ocorrera em outros recantos.
O projeto socialista só poderia
vingar, na Rússia, caso tivesse havido se dado o avanço vitorioso desse projeto
na Europa Ocidental. Em 1919, Lenine afirmou: Ou o socialismo avança no ocidente,
ou a URSS perecerá. O avanço revolucionário não ocorreu, a proposta socialista
pereceu no seio da URSS e tal fato não se deu por obra desse ou daquele
protagonista, como pretende a abordagem idealista que se faz da História.
Caso a construção do capitalismo na
Rússia se desse nos moldes tradicionais, as consequências seriam outras. Porém,
ao invés do caminho clássico, o que houve foi a construção do Capitalismo de
Estado por conta de um imensurável custo, sobretudo político.
O desastroso custo político tem,
como fonte geradora, não se ter assumido a derrota e se ter empreendido a
construção do Capitalismo de Estado sob o rótulo do socialismo, expediente esse
que redundou em prejuízo para a causa emancipatória da humanidade.
Quanto ao meio ambiente, são
assustadores os níveis das agressões perpetrados na então URSS. Hoje,
assistimos ao Capitalismo de Estado, na China, praticar terríveis crimes contra
a natureza. É na China que existe o maior índice de poluição do ar em todo o
universo. Mas, quem paga a conta por esse “socialismo” poluído é a causa revolucionária.
Totalitarismo, agressão ao meio
ambiente, Estado sob o controle de um único partido, são os traços marcantes
desse processo trágico que a História nos reservou, através desse sinistro
produto da contrarrevolução, chamado stalinismo. É por conta desses fatos que,
hoje, o capitalismo goza de total hegemonia política, apesar de sua exaustão,
do ponto de vista econômico e social.
A poluição do “socialismo”
stalinista não se limitou ao meio ambiente. Ela foi e é muito mais profunda no
que diz respeito aos princípios do socialismo revolucionário.
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