O
sr João Santana, célebre “marketeiro”, contratado pelo PT, para a propaganda
eleitoral do Fernando Haddad, candidato
à prefeitura de S. Paulo e do candidato à prefeitura de Belo Horizonte, Patrus
Ananias, propôs para a campanha desse último candidato,substituir a bandeira vermelha
por uma cor-de-rosa, como forma de dizer que o partido do Lula, há muito,
deixou de ter uma conotação radical, podendo, muito bem se abrigar numa
bandeira cor-de-rosa. Para falar a verdade, o PT, hasteou uma enorme bandeira
branca para os capitalistas, nacionais e internacionais. A bandeira branca do
PT, sob a direção de Lula e de Zé Dirceu foi ostentada quando procuraram o
capitão de indústria, José Alencar e a troco de polpuda verba e de “bons argumentos”,
atraíram-no para assumir a condição de candidato a vice-presidente da República.
Essa chapa seria a convivência pacífica entre
o capital explorador e o trabalho dos explorados. Mas não bastou esse casamento
para justificar a bandeira branca. Através da “Carta ao Povo Brasileiro”
assinada por Lula da Silva, em 2002, foram colocados os termos da rendição de
um partido que outrora se pretendia dos trabalhadores, e se mostrava disposto a
abdicar dessa missão histórica, para ter acesso às vantagens que um provável
governo lhe ofereceria, como de fato aconteceu.
Os
petistas não estão sós nesse desagradável processo de mudança de cor. Segmentos
da esquerda, tidos como avançados, por injunção do momento histórico que
atravessamos, quando os elementos do velho stalinismo ainda se mantêm bastante
vivos, sofrem pressões para assumir a bandeira verde, não compreendendo que ela
está contida na cor vermelha. Essa sim, é
a razão única de esperança para a humanidade. É o vermelho, portanto que deve
se sobrepujar ao branco da capitulação petista ou ao verde que possa representar
descaminhos, uma vez que no primeiro caso, colocou-se o anticapitalismo na
cesta do lixo, e no segundo caso, ofusca-se a luta anticapitalista para
reduzi-la unicamente à justa luta ambiental.
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