Episódio chocante assistimos , pela
televisão, sobre o assassinato de um jovem numa favela. Uma mãe desesperada dizia
: meu filho foi assassinado, ele era um cidadão e foi assassinado por um
vagabundo. Por que, um era um cidadão e outro era vagabundo? Ai ela respondeu:
meu filho era um cidadão por que trabalhava, enquanto o assassino era um
marginal, sem emprego, que se mantinha com o tráfico de drogas e outras ações
criminosas. Questionada de que seu filho era usuário e tinha dívidas com o
traficante que o matou, ela disse não conhecer esse fato e voltou a ressaltar,
orgulhosa, que ele trabalhava e tinha a sua carteira assinada.
Esse episódio serve para deixar claro o
que essa ordem capitalista produz. Uma legião de jovens, está à mercê dos
descaminhos do crime, se matando pelo uso das drogas. Em decorrência delas, consumindo
ou traficando, seguem-se outros crimes como o roubo, o assalto à mão armada e
os homicídios.
Esses fatos deveriam ser denunciados,
como obra desse sistema sócio econômico exaurido que responde pelo nome de capitalismo. Ele provoca graves desajustes sociais
e até sérias anomalias, em que uma das expressões é o crescimento constante da prática da
pedofilia, e os sucessivos casos de violência sexual, decorrentes, da exacerbação
do sexo, veiculado diuturnamente, quer através dos canais de televisão, como do
cinema e da mídia impressa.
Não é correto imaginar que esses fatos
devem-se a outra causa que não o capitalismo, em sua fase de total esgotamento.
Entretanto, não se faz com a devida veemência a denúncia do sistema vigente e
procura-se confundir a opinião pública com conceitos tais como: cidadania, que
nada define e só serve para escamotear o fato de termos classes e camadas
sociais com interesses diferentes. Cidadania é mais um truque dos que se
empenham em esconder a realidade, pronunciando discursos fraudulentos que chegam
ao cúmulo de pretender dividir as pessoas em cidadãos e vagabundos. É lamentável.
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