Os
dirigentes do Partido dos Trabalhadores, em tempo bastante recente, vociferavam
contra as “elites”. A rejeição aos políticos que representavam os interesses
dessas “elites” era sumário, não havendo a menor possibilidade de aproximações
e, muito menos, de alianças. Esse ímpeto político, fazia com que o velho PT não
só se negasse a participar, em 1984, do Colégio Eleitoral, por julgá-lo
espúrio, como também não se propunha a qualquer entendimento com o velho PMDB
de perfil ideológico, pois os seus representantes eram tidos como militantes na
defesa dos abomináveis interesses das
“elites”.
Depois
do PT, capitaneado por Lula e José Dirceu, tornar pública a “Carta ao Povo
Brasileiro”, onde selava a sua adesão às linhas mestras do Plano Real e
assegurando que o grande capital, nacional e internacional, poderia ficar
tranquilo, pois a possível vitória de Lula da Silva não haveria de ferir os seus
interesses. Lula, presidente, cumpriu a sua promessa de servir aos interesses
da burguesia, ou seja, das tão demonizadas “elites”. Para isso, não teve o
menor escrúpulo em estabelecer íntima aliança com o que existia de mais pútrido
na história da República. Foi com os elementos mais identificados com o
fisiologismo e a corrupção, que o seu governo se irmanou. Terminado o seu
mandato, o agora, ex-presidente, em troca de fartos ganhos, desempenha o papel
de caixeiro viajante, em busca de bons negócios para capitalistas brasileiros.
É
sempre repetido o discurso da burguesia, dizendo que os seus interesses
privados são os interesses do Brasil. É em nome, então, do Brasil, que Lula diz
costurar bons negócios para ricas empresas, destacando-se entre elas, a
empreiteira Odebrecht, que não só financia as andanças do ex-presidente, como
lhe proporciona viagens, inclusive através de seus jatinhos no cumprimento de
sua “sagrada e patriótica missão”.
Em
nome da verdade, devemos refutar esse discurso de que os negócios privados,
levados a cabo através da participação da figura do ex-presidente, mundo afora,
seja feita em nome da “pátria amada”. Devemos ter claro que, no capitalismo,
pátria e patrão são figuras simbióticas. Pátria é uma expressão sempre usada
para esconder interesses escusos, interesses imorais, como as guerras, por
exemplo. Lula deveria ter outros meios de ganhar a vida com honradez e nunca
jogar tão triste papel.
O presidente e companheiro Lula permitiu a melhoria de vida da classe trabalhadora brasileira, bem como de todos os demais brasileiros. Ele foi eleito para isso. Ele não foi candidato a consertar o mundo. Ademais o governo sempre foi de coalização com outros partidos. Quando só, o PT não conseguiu eleger o Lula. Paz e Amor.
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