Está muito evidente uma gritante
contradição! Enquanto os centros vitais do capitalismo, representados pelos
Estados Unidos / Canadá, Europa Ocidental e o Japão, experimentam profundas
crises de ordem econômica e financeira, esse mesmo capitalismo desfruta de uma
hegemonia, quase absoluta, do ponto de vista político.
Em função
das sucessivas crises experimentadas por esse exaurido sistema, nesses últimos
tempos, proclama-se, com alguma propriedade, que ele se aproxima do fim.
Preocupante é o fato de que a oposição que se apresenta como força capaz de
atingir a liderança maior do capitalismo, no caso, os Estados Unidos, são os
fascistas, agrupados no fundamentalismo islâmico, representados, principalmente
pelo Talibã, Síria e Irã.
Isso é
deveras assustador! O racional é a proposição de substituir o capitalismo exaurido,
por uma nova ordem econômica e social, condizente com os interesses gerais da
humanidade. Ou melhor, substituir esse sistema por uma nova ordem
socioeconômica, o socialismo, e nunca substituí-lo pelo fascismo que move o
fundamentalismo islâmico. Esses fundamentalistas chegam a ser vistos, com bons
olhos por uma certa esquerda mal informada e impotente. O triunfo do fascismo
nos levaria àquilo que Karl Marx se referiu como o “apodrecimento da história”, e isso seria um imensurável desastre
para a raça humana.
Convém ressaltar
que, se existe uma real crise do sistema vigente, existe também uma crise bem maior
do movimento socialista. Isso, tanto na teoria, quanto nos seus encaminhamentos.
A derrota da revolução socialista, em nível mundial, na década de vinte, do século passado, trouxe como produto o stalinismo, e ele levou a cabo, com
muito êxito, a criminosa tarefa de
capitanear o movimento socialista para sucessivas derrotas. Induziu uma massa
imensa de pessoas a considerar que, ao invés de classe opressora e classe
oprimida, deveria-se acreditar que existiam nações opressoras versus nações
oprimidas como contradição maior da História.
Através da funesta Academia de Ciências da
URSS e de seus pervertidos manuais, construiu-se um profundo atraso, daquilo
que seria um movimento socialista, um movimento anticapitalista. Dessa forma, vivemos
hoje o momento mais terrível e mais profundo desse quadro de derrota, a tal
nível que, podemos dizer, sem titubear, que a crise do socialismo é bem maior
do que a crise que afeta o capitalismo, e isso é muito grave, gravíssimo mesmo,
tendo em vista os interesses essenciais da humanidade.
Concordo. Há uma grande crise no pensar socialista. Temos por exemplo o Vereador João Alfredo, que defende a bandeira capitalista do crescimento zero da economia em função de proteger o meio ambiente. Crescer Zero ou não crescer é inclusive o desejo da ONU. Obviamente que isso para a Europa nada interfere no padrão de vida da população, mas Países dito emergentes e pobres também ficam impedidos de crescer e assimsua população vai continuar sem ter suas demandas por melhoria da qualidade de vida atendidas.
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Ritmo de consumo na Ásia pode se tornar insustentável, diz ONU
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A região da Ásia e Pacífico ultrapassou o resto do mundo no consumo de matérias-primas e irá continuar líder no setor, indica um relatório lançado nesta quarta-feira (24) pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma. Mas de acordo com a agência, o ritmo atual pode se tornar insustentável para o continente.
O balanço do comércio na região mostra que o índice atual de exploração de recursos já não é suficiente para o ritmo de crescimento da economia e mudanças no estilo de vida da população.
Combustíveis Fósseis – Entre 1970 e 2008, o consumo de minerais para construção, como areia, barro e granito, aumentou 13,4 vezes na Ásia e Pacífico. No mesmo período, o consumo de metais foi 8,6 vezes maior; o de combustíveis fósseis, 5,4 vezes e o da biomassa cresceu 2,7 vezes.
O consumo doméstico de materiais aumentou de 6,2 bilhões de toneladas para 37,5 bilhões de toneladas nos últimos 40 anos. Em 2008, a China foi responsável por 60% desse consumo regional e a Índia, por 14%.
O Pnuma destaca que o volume atual de consumo já está tendo um impacto negativo no meio ambiente. Segundo o relatório a intensidade de matérias-primas para a região é igual a três vezes o total do consumo do resto do mundo.
Industrialização – Por conta da forte demanda doméstica, a China é tida como o principal importador de matéria-prima, em particular do petróleo. O relatório afirma que países populosos como China e Índia estão saindo da economia agrária em transição para a economia industrializada.
A Ásia e Pacífico também está deixando de ser uma economia baseada em biomassas para ter como base os minérios. O aumento da população é tido como o fator menos importante para o crescimento das extrações ambientais.
A Austrália é cada vez mais um país fornecedor de materiais de energia para a região. A Indonésia é tida como grande exportador de matérias-primas, em particular de combustíveis fósseis. O documento do Pnuma traz também dados do Japão, Malásia, Paquistão e outros países.
A agência recomenda o estabelecimento de uma base de dados global com informações de todos as nações sobre o uso de matérias-primas e vigilância dos governos asiáticos em relação às políticas para o setor. (Fonte: Rádio ONU)