A esquerda direitosa mal esconde
o seu riso envergonhado, de satisfação, diante do episódio ocorrido em Boston,
nos EUA. Tendo abandonado o princípio da luta de classes e aderido à postulação,
nações opressoras versus nações oprimidas, caiu no reducionismo.
Expliquemos. O imperialismo, como
fase superior do capitalismo, não se atém a nenhuma fronteira. Ele é
transnacional e se apresenta sob algumas roupagens, como o imperialismo inglês,
alemão, francês, canadense, japonês, norte americano... Entretanto, os auto-proclamados
“marxistas-leninistas” abandonaram a visão transnacional do fenômeno do
imperialismo para reduzí-lo, unicamente, ao norte-americano.
É verdade que os ianques jogam o
papel de polícia mundial, em defesa da ordem sócioeconômica vigente, como fôra antes
desempenhado pelos ingleses. Em decorrência dos desvios conceituais, a esquerda stalinista, tornou-se
apenas antiamericana, sem entender que
ser antiamericano não é ser anticapitalista, mas ser anticapitalista é ser anti-imperialista
no seu sentido exato.
Derrotada e prostrada, essa “esquerda”
nutre-se de migalhas , sempre na perspectiva nacionalista, pois não entende que
devemos nos opor ao imperialismo na perspectiva do socialismo. Não bastasse o
seu estreito antiamericanismo, alimenta sentimentos de rancor e, impotente para o confronto com o imperialismo
se sente vingada, com as ações do fascismo islâmico, cujas expressões são o Talibã,
o Irã, a Al Qaeda e outros grupos
fundamentalistas.
Não é de bom alvitre opormos ao
imperialismo democrático, o fascismo. É claro, que nos países onde reina o Estado
Democrático de Direito, goza-se de liberdades, pratica-se o livre debate, o que
não ocorre nos países autocráticos em relação a liberdade de expressão e de
organização política, para não falarmos na condição da mulher e do
homossexuais.
O Estado Democrático de Direito,
é de fato um Estado Democrático de DireitA, pois o seu objetivo é a manutenção
do capitalismo e já foi dito, que a mais democrática república burguesa,
esconde, por trás de si, a ditadura do capital sobre o trabalho. Entretanto, é
inconsequente ter na Al Qaeda, em Bin Laden, nos Aitolás, nossas referências
políticas.
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