A
Globo mente?
A desigualdade social não poderia se
manter, por milênios, não fosse o império da mentira. Diante das mazelas, os
privilegiados necessitavam e necessitam de uma “cultura” que repouse em lendas,
fantasias e fraudes. Em uma palavra: Uma cultura apoiada no embuste. Para
construir um império da mentira, era
preciso usar vários instrumentos, dentre eles a escola, a igreja, a própria
família que, desavisadamente, repetem todas as mentiras que lhes são passadas.
Hoje, além dos aparelhos repassadores
da mentira, já citados, acrescente-se a força dos meios de comunicação. Mas, quem
são os portadores da mentira, que gozam de autoridade para semear inverdades?
O cardeal, o reverenciado doutor, o
general, o tribuno, o jornalista e alguns poucos outros, estão na linha de
frente na sustentação da mentira. Enfim, lembremos que a mentira de um bispo
vale mais do que mil verdades de um pedreiro.
A Rede Globo, como um dos instrumentos
de sustentação do sistema, denuncia todas as mazelas do capitalismo, desde a
corrupção à violência; desde a destruição da Amazônia à poluição das águas.
Mente, porém, quando trata das causas. Ora diz que tudo se deve aos políticos,
à corrupção, à incompetência, deixando de dizer a verdade que estaria
explicitada em uma única afirmação: A matriz das mazelas sociais é o capitalismo.
É fato que a Rede Globo mente, porém,
muito maior foi e é a mentira do stalinismo, essa força política mantenedora do
capitalismo, em proveito de suas castas burocráticas que se locupletavam e se
locupletam da grande mentira contida no seu discurso de que haveria dois mundos:
o mundo capitalista decadente e o mundo socialista ascendente, onde corriam
leite e mel.
A Globo mente, pois esse é o seu
papel, o seu ofício, o seu “dever”. A quem caberia levantar a bandeira da
verdade, senão às organizações ditas de esquerda? Entretanto, essa “esquerda”
abandonou o socialismo para sentar na mesa farta do capitalismo e, com ele,
compartilhar privilégios que pretendiam
eternos.
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