O assassinato
da Rosa
Quando
fazemos críticas cerradas ao stalinismo-trotskista, alguns companheiros,
desconhecedores da história, argumentam que, numa possível hora de confronto
direto com a burguesia, eles estarão conosco, lado a lado, ombro a ombro e,
isso, pode ser um ledo engano.
Os
stalinistas, de todos os matizes, consideram os dissidentes como infiéis, como o
“inimigo principal”, que deve ser abatido sem nenhuma piedade. O stalinismo
perseguiu, torturou e executou muito mais comunistas autênticos do que
conseguiu fazê-lo o nazifascismo, com toda sua sanha sanguinária.
Cabe destacar
o que ocorreu na Alemanha, em 1919, quando da República de Weimar, cuja
presença e força política dos “marxistas” da social democracia degenerada se
faziam partícipes. Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecth foram sequestrados e
assassinados em 15 de janeiro do aludido ano, justamente quando Philipp Scheidemamn, Friedrich
Ebert
e o asqueroso Gustav Noske figuravam como expoentes do governismo. O
assassinato de Rosa Luxemburgo teve a cumplicidade dos “marxistas” degenerados
da Segunda Internacional. Esse fato não pode ser colocado no esquecimento.
Eles, os “marxistas” degenerados, sociais-democratas tais quais os seus
sucessores, os stalinistas, converteram-se em contrarrevolucionários e, como
tal, em perseguidores e algozes truculentos dos verdadeiros revolucionários, e
o stalinismo-trotskista não foge a esse destino. Se não cometem extermínio
físico é porque não dispõem de força para tanto; porém, nunca se negaram ao uso
de métodos atrozes para sufocar os seus dissidentes, não se negando à prática
da perseguição, do boicote, da difamação e da calúnia, como instrumentos
preferenciais de suas pugnas políticas.
Imaginar
que, em uma hora de confronto, eles estarão do nosso lado é, como já dito,
ingenuidade, e ela não é uma boa companheira para os nossos propósitos
revolucionários. Por essa razão é que se torna imprescindível conhecer a
história e tornar claro os fatos que denunciam as perversões praticadas, sob os
rótulos de “marxistas”, como foram os sociais-democratas ou
“marxistas-leninistas” da Terceira Internacional corrompida, ou a dissidência
dessa Terceira Internacional, a chamada Quarta Internacional.
É
necessário explicitar que essas considerações têm um caráter estritamente
político-ideológico e, jamais, qualquer juízo de caráter pessoal. Mesmo que
possa existir, em alguns movimentos, um ou outro canalha, isso não nos
autoriza, mesmo considerando os erros, que façamos a condenação moral de tantos
beatos que, de boa fé, se colocam a serviço de graves equívocos.
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