terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Papai Noel existe

É claro que o “bom” velhinho existe para as crianças ricas, crianças da classe média e filhos de poucos assalariados. Para a multidão de pobres e miseráveis o Papai Noel não passa de um velhinho cruel que povoa o imaginário dessas crianças. Porém tudo termina numa tremenda frustração. Só temos que lamentar. O capitalismo é assim mesmo, bom para uns poucos e razoável para um punhadinho de aquinhoados. Para o resto da população, para o povão o máximo que ele pode reservar é o menos ruim. Transporte menos ruim, moradia menos ruim, escola menos ruim, hospital menos ruim, salário menos ruim...O bom mesmo fica restrito, como já dissemos, à burguesia e setores da classe média. Por outro lado, Papel Noel existe sim, não só como fantasia e sim como um grande vendedor que trás lucros para os comerciantes de plantão.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Lula virou estrela!

De retirante Lula virou estrela em Copenhague com seu discurso tão emotivo quanto ingênuo. Sindicalista de boa cepa terminou rendendo-se aos mimos do sistema. A convivência com os líderes mais notáveis. A boa bebida e a boa comida. Luxuosas hospedagens foram esses elementos um mundo novo para o nordestino retirante que se dobrou.
Hoje, é reconhecidamente “o cara”. E a classe operária, os trabalhadores que tiveram esperanças de ter um partido que representasse os seus interesses históricos ficaram politicamente órfãs e o capitalismo só tem a agradecer.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Copenhague pega fogo!

Antes quando se falava em Copenhague os mais endinheirados pensavam logo em chocolate, pois se trata de uma marca muito refinada. Hoje, o mundo todo fala em Copenhague tendo em vista o preocupante aquecimento global. Toda a elite do sistema capitalista reuniu-se para tratar dessa questão e formular um programa que viesse resolver esse problema.
Acontece, porém, que não há solução nas fronteiras do sistema capitalista. O lucro é o guia. É ele que conduz, em última instância, os interesses dos diversos grupos das classes hora dominantes. Daí o impasse.
A burguesia tem pavor em ouvir falar em lucro cessante e isso provoca uma impossibilidade de um acordo que realmente venha resolver o problema do aquecimento global. Os debates se acaloram e Copenhague pega fogo por dentro e por fora. Por dentro, os bate-bocas e embates entre diversas correntes da burguesia e fora dos recintos onde acontecem as reuniões, manifestantes, desesperadamente, pressionam a burguesia para que ela venha sanar uma situação que se agrava a cada hora.
O que acontece em Copenhague é de interesse de toda a humanidade. Mas quem tem a hegemonia política, quem governa o mundo é a burguesia e ela não poderá, nem hoje, nem amanhã, resolver a questão do meio ambiente. Algumas medidas são tomadas. Coisa pouca. Como coisa pouca, são as iniciativas dos ambientalistas que se comportam como simples guardas florestais e não entendem que apenas o povo insurreto poderá realmente tomar as rédeas do mundo em suas mãos e assim resolver o problema. Isso é, caso haja tempo histórico de pôr fim ao capitalismo, caso contrário ele destruirá o mundo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Dois Discursos

      Face à realidade econômica e social que vivemos, existem, somente, dois discursos qualitativamente diferentes. O primeiroé o discurso da burguesia que consiste em dizer ser o capitalismo bom, desde que gerenciado com competência, honestidade e determinação. Esse é o discursopredominante; ele está em todos os recantos e vai do campo aos campi. Este discurso está na boca dos maiores partidos de "esquerda" como é o caso do PT, PSB, PCdoB e PDT. Em razão disso, a direita, ou seja, a poítica que não extrapola os marcos do capitalismo, é francamente hegemônica, gerando daí a afirmação de que acabou a divisão política entre esquerda e direita, pois tudo é direita, cujas frações se coligam sem nenhum pejo em torno das mais diversas candidaturas.
     O segundo discurso, minoritaríssimo, parte do princípio de que as mazelas socias, tão agravadas a cada dia que passa, tem uma única causa que se chama capitalismo. O capitalismo foi revolucionário, mas os eu caráter progressista esgotou-se com o advento do imperialismo.. Movido pelo propósito único de gerar lucros para a burguesia, o capitalismo tornou-se um sôfrego destruidor de vidas.
    Assim sendo, a única política que serve aos interesses da humanidade, respalda-se no discurso da superação do capitalismo que deve ser feito de forma clara e ostensiva.
    Quem leva, porém, a cabo esse discurso anticapitalista? Quem proclama vivermos um dilema: ou a humanidade destrói o capitalismo ou o capitalismo destrói a humnidade?
    Pouquíssimos. Valendo registrar que, dentre esses que se assumem anticapitalistas, muitos têm esse discurso gravado no meandro de seus cérebros, enquanto usam sua energia para brandir  em " Fora a ALCA e o FMI", reinvidicações de caráter nacionalista que o próprio sistema se encarregou  de resolver.
   Todos são chamados a intervir. Todos devem fazer a sua escolha: ou o discurso conservador que respeita os limites do sistema ou o discurso da trasformação social.
  

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O povo na lama

Recentemente Lula prometeu tirar grande parte do povo que vive mergulhado na lama. Ele imagina que esta tarefa é tarefa de governo sem atentar para o fato de que essa situação decorre do sistema capitalista. Como usou uma linguagem chula foi bastante censurado, pois não respeitou a “liturgia do cargo”. “Nem tanto mar, nem tanto a terra”. Lula baixa o nível de expressão e torna-se ainda mais popular. Enquanto isso a senhora Heloísa Helena faz o oposto para evitar falar em cueca ela prefere dizer “a peça íntima do vestuário masculino” o que não passa de escrúpulos ridículos digno de freirinhas de convento.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Guardas florestais

Artigo no Jornal, O Povo, caderno Opinião.

http://opovo.uol.com.br/opovo/opiniao/936166.html

Guardas florestais
Gilvan Rocha
11 Dez 2009 - 01h41min

A função de guardas florestais é louvável e necessária. Mas seria uma infantilidade imaginar que preservaríamos nossas florestas contratando mais guardas florestais, sobretudo, porque eles têm comportamento e visão localizada da questão do meio ambiente. Aliás, os ambientalistas, no que pese o nosso respeito pela boa vontade que possam ter ou a nossa repulsa por utilizarem-se desse expediente como meio de vida, estão impossibilitados de salvar o mundo. Essa tarefa só poderá ser obra da sociedade.

Reduzir o ambientalismo em especialidade de doutos é reduzir a questão ao inatingível, pois a preservação real do meio ambiente só poderá ser obra social, portanto, uma obra intrinsecamente política.

A ex-ministra Marina da Silva desponta como candidata a presidente da República em coligação com o Psol. Sem dúvidas, como já dissemos , Marina merece o respeito e a admiração de todos nós na medida em que se levantou valentemente contra os senhores do agronegócio que ,de forma abusiva, usam as suas motosserras para produção de pastos e plantios de soja, devastando em escala geométrica as nossas matas.

Observe-se que por trás de cada motosserra existe um trabalhador necessitando desesperadamente daquele emprego. Trabalhadores e agropredadores que promovem a devastação da natureza o fazem em nome do lucro para os patrões. Lutar em favor da preservação ambiental é lutar, antes de tudo, contra o capitalismo de forma explícita. Do contrário, seja de boa fé ou não, estaremos escamoteando a questão.

Aliás, a burguesia tem apresentado projetos e tomado medidas em torno do problema sem ultrapassar, porém, os limites do capitalismo, ou seja, pretende encontrar soluções preservando o sistema. E a esquerda desavisada termina fazendo o jogo da burguesia com o seu discurso mutilado a respeito do assunto. Hoje, fala-se com muita simpatia no nome da ex-ministra Marina da Silva como candidata à presidência da República numa coligação PV e Psol. Ora, presume-se que o Psol seja um partido de natureza anticapitalista e nunca um partido ambientalista dotado de desinformação e romantismo.

Gilvan Rocha - Presidente do Caep- Centro de Atividades e Estudos Políticos

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Você sabe o nome do bicho?

Vivemos num mundo de muitas desgraças: são as guerras, as doenças, as drogas, o desemprego, a fome, a destruição das matas, rios, ou seja, a destruição da vida. Por trás de tantas desgraças, existe um bicho, e é ele a causa dos nossos tormentos.

Você sabe o nome do bicho?

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cadê os homossexuais e simpatizantes?

Estamos habituados a ver paradas gays que chegam a juntar até milhões de participantes. Entretanto, não se viu esse número de pessoas protestar em razão da presença de Mahmoud Ahmadinejadé, presidente do Irã, aqui no Brasil.
O Irã é um país fascista. Basta que se diga que ali o homossexualismo é considerado um crime grave. O homossexual que for preso praticando sexo recebe pena rigorosa. Caso for reincidente por algumas vezes, será condenado ao enforcamento.
A mulher e os homossexuais são tratados de forma brutal e não se assistiu a um protesto à altura das festas e gandaias que são promovidos pelos gays, lésbicas e simpatizantes de forma extravagantes e ultra-exibicionistas. Isso demonstra que os homossexuais a rigor, não defendem com veemência os interesses da humanidade. Omitem-se, de forma escandalosa enquanto o fascismo é festejado, reverenciado pelo nosso presidente Lula por conta dos bons negócios que as relações capitalistas permitem. Isso é uma lástima. Isso é o capitalismo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Morena Marina

É saudável termos na disputa eleitoral uma figura do quilate de Marina Silva. Pessoa de luta, leal e convicta. Se bem que já se tenha dito ser a convicção mais grave do que a mentira, pois uma convicção pode representar uma intransigência no erro. Adolf Hitler e Mussolini tinham, sim, as suas convicções e por elas deram as suas próprias vidas.
As qualidades de Marina são insuficientes, para a tarefa histórica que se faz necessária. Para ela, o problema reduz-se à ecologia e vai mais longe no seu equívoco de imaginar e praticar uma política fundada em especialistas. Ora, o nosso problema crucial é salvar o universo da catástrofe que o capitalismo nos arrasta e isso não será obra apenas de experts, trata-se de uma obra social. O socialismo, o ambientalismo exigem, como tudo, o conhecimento, mas sobretudo a sua democratização.
Quando Plínio de Arruda Sampaio, nosso provável candidato à Presidência da Republica, caso prevaleça a lucidez política, considerou que Marina era apenas uma ecocapitalista ele o fez com justeza.
É preciso dizer que não somos ameaçados apenas pelo aquecimento global, essa é uma questão. Centenas de outras questões colocam-se como responsáveis pela ameaça à sobrevivência da humanidade. É que os trovões, os furacões, os tsunamis são mais agressivos e tocam mais fortemente os nossos olhos e ouvidos. Mas não está aí o centro da questão.
Houve uma redução política. Passou-se a considerar a direita tão somente aqueles que defendem o estado mínimo, o livre mercado. Enquanto isso, os partidos dos grupos e movimentos de esquerda passaram a ser definidos como defensores do “estado máximo”, atropelando o conceito socialista de que estado é um instrumento de dominação de uma classe sobre outra, não falam mais em classes sociais. Segundo eles, isso é coisa do passado, o estado seria apenas o árbitro das questões socias ou, sobretudo, o promotor da justiça e do bem estar social. Ora, quem assim pensa, por desinformação ou má fé, não pode ser considerado de esquerda e, nós queremos candidatos realmente socialistas nas próximas eleições.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A boa briga


Vivemos um mundo de visíveis desigualdades. Uns são ricos, outros riquíssimos, muitos medianamente aquinhoados, a imensa maioria de pobres e, por fim, temos um relevante numero de miseráveis que são aqueles que sequer têm o direito de ser pobres. Esse mundo de desigualdade responde pelo nome de capitalismo. O capitalismo é a causa das mazelas sociais, como os baixos salários, desemprego, violência, corrupção, fome, miséria... Esse sistema de desigualdade faz com que nossa vida seja feita de brigas permanentes. A todo dia brigamos pela sobrevivência, brigamos por saúde, escola, segurança e até por governos menos ruins, isso por que, no capitalismo, o máximo que se pode ter são governos menos cruéis, uma vez que governo nenhum, dentro desse sistema, haverá de garantir a justiça, a paz e a bonança. É aquela velha história: o inferno não deixará de ser infernal mudando apenas o diabo de plantão, o inferno é infernal por definição.

A briga diária é o pão nosso de cada dia e dela não podemos nos afastar. Mas ela é a briga menor, é a briga de resistência a voracidade do capitalismo. Precisamos, porém, nos engajar na briga maior, na briga contra o sistema, pois, a permanecer esse sistema, toda nossa luta haverá de ser em vão.

Na visão menor de muitos de nós, todo mal advém do prefeito corrupto, incompetente, insensível e toda nossa fuzilaria deve ser dirigida contra ele. Muito bem! Mas será que um prefeito honesto, competente e sensível irá acabar com a desigualdade social, com a injustiça, com a violência? Claro que não! O inferno continuará infernal mesmo que tenhamos um “diabo camarada”. Portanto, é hora de parar para pensar e, sem colocar de lado a luta contra o prefeito corrupto, incompetente, insensível , levar avante a boa briga, a briga clara e ostensiva contra o grande inimigo da humanidade que é sistema capitalista, cujo único propósito é a busca do lucro para uns poucos, enquanto o mundo marcha celeremente para a destruição, levando-nos a concluir que: ou a humanidade destrói o capitalismo ou o capitalismo destrói a humanidade.

Façamos, então, de cada um de nossos sindicatos uma trincheira de luta contra todas as formas de injustiças e cerremos fileiras tanto na briga menor quanto na briga maior e, assim, faremos a boa briga.

Gilvan Rocha é Presidente do

Centro de Atividades e Estudos Políticos – CAEP

gilvanrocha50@yahoo.com.br