segunda-feira, 30 de julho de 2012

PATOLOGIAS SOCIAIS




            Temos assistido, com um forte grau de espanto, sucederem-se chocantes fatos, que são de total irracionalidade. Cresce o fenômeno da pedofilia. A nosso ver, essa anomalia deve-se a vários fatores desagregadores que a ordem econômica e social vigente, o capitalismo, produz, cabendo destaque para a exacerbação do sexo.
Lemos a espantosa notícia, de que um jovem de 20 anos, violou a sepultura de uma senhora, de 84 anos, enterrada há uma semana, para com ela ter relações sexuais. Não se trata de algo isolado. As agressões sexuais e as perversões se sucedem mundo
a fora e identificamos como causa dessas violências, o desajuste que a sociedade vigente experimenta. Nesses dias, tivemos o triste episódio, acontecido nos EUA, , quando um jovem de 24 anos, trajando indumentária militar e de posse de poderosas armas, invadiu um cinema e assassinou 12 pessoas e feriu um número bem maior.
            Não se trata do primeiro ou último acontecimento dessa ordem. Não faz muito tempo, um outro jovem dinamarquês, assumindo-se cristão e nazista, deu cabo à vida de 77 pessoas. Isso, na Dinamarca, país do “capitalismo civilizado”. Esses fatos horripilantes, têm sido tão constantes, que corremos o risco de achá-los naturais.
            Merecemos, e devemos tentar conquistar, um mundo de justiça e paz, um mundo onde possa reinar a liberdade, o respeito e o amor. Devemos, porém, ter bem claro que um mundo com esses valores, não poderá existir nos marcos de uma sociedade dividida em classes e camadas sociais, onde uns poucos têm tudo, e a imensa maioria, amarga a escassez. Não podemos ter os valores citados, em uma sociedade cujo princípio é a busca desenfreada por lucros para uns poucos. Não podemos conquistar a felicidade social, caso não tenhamos abolido a propriedade privada dos meios de produção, caso não tenhamos conquistado o verdadeiro socialismo, embora as experiências levadas a cabo, em nome da conquista de uma nova sociedade, tenha tido efeitos desastrosos, como foram nos países indevidamente chamados de socialistas.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

CANALHAS POR CANALHAS




            A esquerda direitosa, linha auxiliar de sustentação do capitalismo nesses últimos 90 anos, procura hoje no Brasil, nos induzir a erros políticos. Procuram dizer que existem em disputa, dois projetos. O Primeiro seria o neoliberalismo encampado pelo PSDB, DEM e PPS. Esses partidos seriam a direita, e suas figuras maiores seriam Serra, Geraldo Alckmin, Aécio. Enquanto isso, o segundo grupo político teria como projeto, o nacional-desenvolvimentismo, respaldado teoricamente nas postulações do sr. Celso Furtado. Esse segundo segmento, estaria representado essencialmente pelo PT, PCdoB, PSB e, em uma estranha composição, também pelo PMDB fisiológico de Michel Temer e sua turma. Esse estranho conglomerado político, representaria a esquerda no Brasil. Complicando mais ainda, temos nesse campo a presença de partidos fisiológicos, cuja figura emblemática seria Paulo Maluf, expressão maior da corrupção, mas hoje irmanado com essa dita esquerda.
            Ora, aos verdadeiros socialistas, pouco interessa se enredar nesse falso dilema, pois a sua intenção não se limita aos estreitos limites dessas disputas, uma vez que o seu projeto é o da superação do capitalismo, através da ruptura com a ordem vigente.
             Disse um certo intelectual da esquerda direitosa, ostentando seus títulos acadêmicos, que era preciso levar a candidatura do PT, na cidade de São Paulo, à vitória, para evitar, segundo ele, o sucesso da tucanalha. É preciso ter em conta, entretanto, que, canalhas por canalhas, vamos encontrá-los fartamente, tanto na facção dita neoliberal, como entre os nacionais-desenvolvimentistas, hoje em íntima convivência com figuras desprezíveis do cenário político.
            Assim sendo, cabe, da nossa parte, socialistas revolucionários, repudiar com todo rigor, essa falsa dualidade, uma vez que esses agrupamentos, caracterizam-se tanto pelo oportunismo como pelo fisiologismo, levados às últimas consequências. A disputa nesse âmbito não passa de direita contra direita, não havendo a menor conotação de esquerda nesse cenário.

terça-feira, 24 de julho de 2012

CHÁVEZ ABASTECE A SÍRIA




     O cel. Hugo Chávez, presidente da Venezuela, figura festejada pela equivocada esquerda direitosa, fiel a sua postura anti-americana, procura abastecer o governo fascista da Síria, fornecendo para aquele governo grandes quantidades de óleo diesel.
     Chamamos a atenção para o fato de que, ser anti-americano, não implica em ser anti-capitalista, entretanto ser anticapitalista significa ser anti-imperialista, seja esse imperialismo inglês, francês, alemão, japonês ou canadense.
      O exarcebado antiamericanismo leva a esquerda direitosa a ver, com mal simulada simpatia, o Talibã, o Irã e a própria Síria, forças ultra-direitistas, pelo simples fato dessas forças políticas se colocarem numa posição anti-ianque.
      Esse desvio conceitual, deve-se ao fato de que o stalinismo conseguiu substituir o principio da luta de classes pelo falso conceito político de nações opressoras versus nações oprimidas. Dessa forma, organizações auto proclamadas de “marxistas-leninistas” e mesmo “marxistas-leninistas-trotskistas” opõem-se ao imperialismo ianque a partir de uma perspectiva nacionalista. Esquece essa gente que, soberania nacional, na fase imperialista, é um luxo reservado, tão somente a uma dúzia de países desenvolvidos. Não cabe, nesse clube, a presença de outros países, ou seja, os movimentos de libertação nacional lutam por uma causa inexequível. Dessa forma, cabe-nos rejeitar, com toda veemência, o nacionalismo criado e alimentado pela vasta literatura stalinista que dá as costas ao verdadeiro socialismo cientifico.
      Resgatar os verdadeiros princípios do pensar socialista, é uma tarefa hercúlea, da qual não podemos nos furtar. Esse resgate implica varrer, completamente do nosso discurso político, todo entulho fartamente espalhado pelo stalinismo, que cumpriu o vergonhoso papel de criar, a partir da Terceira Internacional e da Academia de Ciências da URSS, uma esquerda claramente direitosa que se prestou e se presta a servir de linha auxiliar para a sustentação do capitalismo.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

NEGANDO A MÃE




       Enquanto, na cidade de São Paulo, o sr. Haddad tudo faz para esconder sua aliança com a  figura carimbada da corrupção no Brasil - o dep. Maluf – este, é alvo de uma ordem de prisão emitida pela Interpol, não podendo sair do país, sob pena de ser preso. Em defesa do Maluf, o candidato petista de São Paulo, respondendo a um repórter sob o caráter direitista do PP, afirmou que as acusações feitas contra esse partido e o deputado Paulo Maluf não passam de estigmas.
       Em Fortaleza, Ceará, o candidato petista, é uma criação artificial da prefeita Luiziane Lins que disse poder eleger até um “poste sem luz” para sucedê-la. Enredado numa coligação com o PR, tão direitista quanto o PP de Maluf, pois, também, envolvido em falcatruas no Ministério dos Transportes, onde ocorreram grandes desvios de verbas.
      Assim é que, o velho PT, dando um testemunho do seu nível de descaracterização total, não tem o menor escrúpulo em levar avante alianças espúrias, seja em Fortaleza, seja em São Paulo, seja onde for, pois seguindo os conselhos do cacique maior dessa tribo, o sr. Lula da Silva, “o feio é perder”, pouco importando os meios, se lícitos ou ilícitos, legítimos ou espúrios.
      Em decorrência da impopularidade da prefeita Luiziane Lins diante de sua desastrosa administração e de seu conluio com empreiteiros, o candidato petista Elmano de Freitas tem feito de tudo para esconder a mãe de sua candidatura. Procurando aproveitar-se da desinformação popular, esse candidato visando enganar o povo, se apresenta como recomendado do sr. Lula e da presidente Dilma.
      Esses fatos são deveras lamentáveis na medida em que, tanto o sr. Elmano de Freitas como a sra. Luiziane Lins foram, num passado recente, militantes de uma tendência petista, chamada Democracia Socialista - DS. Essas pessoas transformaram-se em aguerridos quadros a serviço do capitalismo, dando as costas a qualquer tipo de veleidade socialista, e isso é bastante triste. Espera-se que o povo se dê conta desses comportamentos tão censuráveis.

terça-feira, 17 de julho de 2012

ERUNDINA DEBREOU!



          A nova geração não conhece o sentido da palavra: debreou. Na época da luta armada, quando alguém desistia da militância colocada naqueles termos, dizia-se que fulano debreou. Na linguagem auto-motiva, debrear é colocar a marcha no ponto neutro ou ponto morto.
         Quando se deu a aliança entre Lula e Maluf, Erundina, que havia sido escolhida para a chapa do Haddad para prefeito de São Paulo, veio á publico e renunciou a essa postulação, em protesto a tão espúria coligação. Infelizmente, a deputada Erundina arrefeceu e debreou, vindo á publico afirmar que estaria engajada na campanha  petista/malufista, abandonando o seu momento de bravura que foi tão bem recebido por companheiros, espalhados Brasil a fora.
       A atitude da Erundina deixa claro a fragilidade de grande setores da esquerda. Essa fragilidade é responsável pelo fato de algumas pessoas, até bem intencionadas, mas sem a sustentação que nos dá os princípios do socialismo cientifico, ficar a mercêr das pressões da burguesia e, consequentemente, da imposição dos interesses que servem ao capitalismo.
      Esse, entre outros tantos exemplos, nos servem para compreender que é necessário e urgente a criação de outra esquerda, fincada nos princípios do socialismo revolucionário e, dessa forma, capaz de reagir tanto às pressões da burguesia e seus prepostos, como das inúmeras armadilhas que eles costumam colocar em nossos caminhos. E muitos, de nós por falta de clareza, ou seja, por falta de lucidez socialista, terminam por elas sendo enredados.
      Erundina debreou, isso porém, é menos grave se comparado com uma legião imensa de petistas, deles de matriz pretensamente socialista, que capitularam diante do capitalismo e se passaram, de malas e bagagens, para o lado da burguesia, prestando os seus  “estimáveis” serviços e por eles sendo, devidamente compensados, seja por via das vantagens materiais que usufruem, seja por outras benesses, mimos, prestigio  que a classe, ora dominante, tem o cuidado de lhes dispensar.