terça-feira, 10 de julho de 2012

Haddad, o tutelado




         Espetáculo vergonhoso vem acontecendo na disputa eleitoral da prefeitura de São Paulo. Num primeiro momento, vimos o Sr. Lula tirar do bolso do colete o nome que deveria ser candidato do PT a prefeito dessa cidade. A atitude autocrática desse senhor produziu espanto e o descontentamento de pessoas, como a senadora Marta Suplicy, que se considerou atropelada no seu direito de ser candidata. Não bastasse esse comportamento, se pôs o sr. Lula a carregar sob a sua sombra a figura desprovida de história e de atitude do ex-ministro da educação, Fernando Haddad, cuja  passagem pelo citado ministério, deixou as marcas de sua incompetência, principalmente na realização do ENEM.
       Tutelado, sem atitude e sem representatividade, o sr. Haddad foi arrastado pela coleira para uma visita ao sr. Maluf, símbolo da corrupção e do desmando no cenário da política brasileira. Ostentando um riso amarelo e deixando bem clara a fragilidade de sua personalidade, o ex-ministro desfila sob a proteção do seu padrinho parecendo mais um robô, desprovido de qualquer sinal de vontade, pronto a obedecer aos mandos do seu tutor.
         A cidade de São Paulo não merecia tamanho ultraje. Por sua vez, o fato de Lula ter ido, tão longe, em suas manobras politiqueiras, levou a ex-prefeita de São Paulo e hoje deputada federal pelo PSB, Luiza Erundina, a renunciar a sua condição de candidata a vice-prefeita na chapa do tutelado Fernando Haddad. Na sua renúncia em compor a chapa petista, a deputada Erundina expressou a sua indignação com a atitude degradada assumida pelo “chefe” e referendada pelo Partido dos Trabalhadores num vergonhoso espetáculo como é essa aliança PT-Maluf. Esse episódio demonstra o nível de apodrecimento a que chegou a prática da política levada a cabo pelos mais diversos partidos, sem que haja uma fronteira ideológica ou ética, para construção das alianças predominantes nas disputas eleitorais, levando o povo a entender, mesmo equivocadamente, que todos os políticos e partidos são iguais e isso não é verdade.

Um comentário:

  1. Excelente o artigo de Gilvan Rocha, porque essas atitudes, só se encontrar explicação, diante dos verdadeiros cafajestes e de pessoas com total ausência de caráter. “Haddad o tutelado”, é merecedor de uma profunda análise.

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