terça-feira, 29 de novembro de 2011

A CARA FEIA DA MENTIRA


            Vai encarar?
            Alguns dizem que somos os donos da verdade. Isso é um horror. Não somos donos dela e nem sequer seus sócios majoritários. Muito longe disso!
            De qualquer forma seria importante que os nossos oponentes deixassem de lado a maldade e parassem de espalhar ideias horríveis no seio do povo trabalhador. Lembremos que, para destruir uma mentira bastou que fosse provado ser verdade que a Terra era redonda e não quadrada, semelhante a uma mesa, como diziam os desinformados.
            Foi necessário, para os que interessam construir o IMPÉRIO DA MENTIRA, dizer que sempre existiram ricos e pobre, e isso é uma mentira muito grande. Eles construíram o Império da Mentira com muita rapidez para que desse sustentação à desigualdade. Parece brincadeira, mas é o contrário, a verdade é que tem pernas curtas e a mentira tem pernas longas e fortes, pois é desse império que vem a sustentação do mundo da desigualdade, que tem reinado nesses milênios.
            Quem sustenta o IMPÉRIO DA MENTIRA? As lendas, as fantasias, as crendices, as bravatas que repetimos sem pensar. Mentimos de peito estufado, como se estivéssemos falando a verdade.
            A pobreza, a miséria e a desgraça social, têm dois firmes pilares: a mentira de um lado e a lei do chicote do outro. São esses eles que mantém o império da crueldade.
            A enganação aparece logo quando nossa família nos ensina: olha, papai do céu briga! Papai do céu sabe tudo, inclusive o que você possa estar fazendo às escondidas! Dos castigos de Deus ninguém escapa, pois ele está sempre pronto e vigilante.
            Quando a mentira fraqueja, vem o braço do chicote. É a “Lei de Chico de Brito” que mantém bandidos pobres na cadeia e bandidos ricos bem longe delas. Não defendemos a bandidagem. É preciso estar ao lado da verdade e para isso temos de enfrentar a figura do cão.
            Temos assim, dois gigantes invisíveis que dirigem nossas vidas. Eles são mentirosos, mas nós não enxergamos e até temos medo de enxergá-los. O único caminho é afugentar a mentira e o chicote pregando a verdade e só poderemos ser felizes.  

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

QUEM ERAM OS INSETOS?




            Conta-se, com frequência, que Vladimir Lênin houvera dito, após a vitória da Guerra Civil em 1921, que a URSS estava preparada para banir os insetos da “pátria mãe do socialismo”. Não importava se esses insetos fossem de esquerda ou de direita. O que importava era se fossem opositores do bolchevismo. Assim, deveriam ser banidos como reles insetos. E foi desse modo que, com a criação da polícia política, a construção dos campos de trabalho forçado e as execuções sumárias, milhões de “insetos” foram varridos da “terra mãe do socialismo”. De uma forma ou de outra dali foram banidos Julio Martov, George Plekhánov, Pavel Axerold, Vera Zaluchit, o Sr. Leon Trotsky que carregou consigo um bom punhado de “insetos” dentre seus companheiros e familiares.
            Por pouco, a brilhante figura do revolucionário Vitor Serge escapou da execução e ganhou a liberdade refugiando-se na França. Um dos grandes construtores dessa Republica asséptica foi o Sr. Trotsky. Esse sim, um “inseto” de peso pesado, que deveria bater asas deixando para trás uma obra que se tornou o grande sepulcro da revolução socialista.
            De forma vesga, sem a grandeza, o tirocínio, o brilhantismo de Lênin, o nordestino brasileiro Lula da Silva chegou ao governo. Outrora, tinha exercido o papel moralista da ultra-direitista UDN, prometendo, como Jânio prometera, varrer a corrupção do Brasil e, como prometera Fernando Collor, encher o Estádio do Maracanã de larápios, trambiqueiros e ladrões, mas, como os outros dois, logo o discurso hipócrita foi para as calendas gregas e o que vimos foi brotar da semente da corrupção uma frondosa árvore filha legítima ou bastarda da coligação PT-PMDB.
            O grande fruto moralista foi, sem duvida, o Mensalão. Mas seria mesmo possível varrer da face da terra os mosquitos da corrupção enquanto perdure o sistema capitalista? É evidente que não! Pois o capitalismo se nutre dos expedientes mais escusos, que vão do roubo do leite das criancinhas a outros atos da mesma envergadura, como se tem visto na coligação PT-PMDB. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Câmara entrega título de Cidadão a Gilvan Rocha

http://www.opovo.com.br/app/opovo/politica/2011/11/22/noticiapoliticajornal,2339733/camara-entrega-titulo-de-cidadao-a-gilvan-rocha.shtml

Fábio Lima

O escritor e militante socialista Gilvan Rocha, 69 anos, receberá hoje à noite, às 19h30min, na Câmara de Vereadores, o título de Cidadão Fortalezense. Nascido em Limoeiro, município da região metropolitana de Recife, ele se diz “apaixonado” pela cidade que o homenageia, por proposição de Toinha Rocha (Psol), quando exercia mandato em substituição ao titular João Alfredo (Psol), que endossou o pedido na volta ao Legislativo.

Gilvan lembra que em sua chegada a Fortaleza, em março de 1965, em decorrência de perseguição por motivos políticos que vinha sofrendo em Pernambuco, teve a sorte de conhecer duas pessoas fundamentais: Ester Barroso e Valton Miranda. “Ester, inclusive, é minha companheira até hoje”, diz.

Cerca de nove anos depois, descoberto, obrigou-se a deixar Fortaleza. Lembra ter passado pelo Maranhão, São Paulo, Argentina e Portugal, onde vivenciou a turbulência da Revolução dos Cravos até que veio a possibilidade de retorno ao País, voltando a residir na capital cearense.

Hoje filiado ao Psol, tendo sido um dos fundadores do partido, também integra o grupo que criou o PT, no início da década de 80. Entre uma e outra filiação, teve período vinculado ao PSB. “Sou muito grato pela homenagem”, disse Gilvan, que já se entende fortalezense. “Sou daqueles que abre a janela e, quando está chovendo, diz que o tempo está bonito”, sorri.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

POR QUE O ÓDIO?



            Um fato que muito me impressionou foi observar que as massas populares, regra geral, nutrem repulsa a tudo que dizia diz respeito ao COMUNISMO. Na eleição de Barack Obama era comum a campanha raivosa do Tea Party acusando Obama como membro, às escondidas, do “Partido Comunista”. É assombroso saber que uma grande parcela da população norte-americana respondia com aceitação a uma propaganda tão descabida, tão horrenda. Afinal, o senador Barack Obama apresentava-se como candidato a Presidente da República e possuía um currículo qualificado para exercer a sua liderança, rumo à sustentação do capitalismo em todas as suas formas.
            Assim, vem a pergunta: por que tanto ódio ao comunismo? Responder simplificadamente, que esse ódio provinha da propaganda levada avante pelo imperialismo é, apenas, uma mentira. Basta lembrar que a Santa Madre Igreja, conseguiu arregimentar milhares de pessoas para combater uma presumida violação do Santo Graal.
            Naquele momento não existiam a mídia eletrônica e impressa em tão alto nível. Daí persistir a pergunta: por que tanto ódio, se a força provinha, tão somente, da propaganda? E a resposta continua: o sistema da época não dispunha de tanta força de propaganda como dispunha agora para fazer o povo odiar o comunismo.
            E aí? Como resolver a questão? A resposta consiste em considerar que a mentira anticomunista não estava totalmente desprovida de inverdades. O stalinismo, produto da derrota do socialismo diante do imperialismo, trouxe um fenômeno histórico que pode ser considerado o de maior consequência para a humanidade.
            Não bastasse o stalinismo ter destruído milhões de vidas, não bastasse ter desagregado a economia agrária-industrial, ter reduzido um povo a fome, ter edificado os campos de concentração para executar dissidentes de direita ou de esquerda, apunhalou o processo da revolução socialista mundial, como foram exemplos: o vicejar do nazi-facismo, o apunhalar da revolução espanhola e para fechar tão lúgubre lista de crimes: temos o genocídio do Camboja.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

PENA DE MORTE




            Mais uma vez, diante da violência crescente, foi feita uma pesquisa de opinião pública procurando saber se os brasileiros aprovariam ou não a pena de morte. A metade aprovou essa medida. Pretender diminuir a violência lançando mão de um expediente tão extremo como a pena de morte está errado. Países como os EUA em que grande parte do seu território adotaram e adotam a pena de morte não conseguiram resolver o problema da violência. Por sua vez, a questão que deve ser tratada com todo cuidado, está ligada ao fato de que a nossa sociedade capitalista é dividida entre ricos e pobres.
            Os ricos quando matam, roubam, esfolam têm para defendê-los os mais habilitados e prestigiados advogados e, dessa forma, muitos deles não chegam sequer a ser presos. Enquanto isso, os pobres, por não disporem de bons instrumentos de defesa, são condenados até mesmo inocentemente.
            Assistimos, frequentemente, aos vários programas policiais em que o apresentador, exibindo uma falsa valentia, mostra gente pobre em seus programas e os agride com palavras cruéis de acusação, praticando intoleráveis cenas de humilhação. Duvidamos que esses apresentadores, alguns deles até eleitos deputados, ergam a sua “bravura” contra bandidos da estirpe da quadrilha Sarney, do Sr. Paulo Maluf, Jader Barbalho, Michel Temer, Romero Jucá e de tantos importantes pilantras.
            Quando alguns desses criminosos de colarinho branco foram presos pela Polícia Federal e algemados, tiveram suas fotografias exibidas nos jornais, a própria presidente da república, a Sra. Dilma Rousseff, veio a público, indignada, censurar de forma veemente a Polícia Federal que havia algemado e exposto esses ricos senhores. A Sra. Dilma Rousseff, que um dia foi presa e torturada, não haverá de vir manifestar sua censura ao apresentador policial Luis Datena pelos seus gestos de pouco apreço pela massa do povo pobre.
            Pelo que foi posto, somos contra a pena de morte.


terça-feira, 8 de novembro de 2011

A boa briga

Vivemos um mundo de visíveis desigualdades. Uns são ricos, outros riquíssimos, muitos medianamente aquinhoados, a imensa maioria de pobres e, por fim, temos um relevante numero de miseráveis que são aqueles que sequer têm o direito de ser pobres. Esse mundo de desigualdade responde pelo nome de capitalismo. O capitalismo é a causa das mazelas sociais, como os baixos salários, desemprego, violência, corrupção, fome, miséria... Esse sistema de desigualdade faz com que nossa vida seja feita de brigas permanentes. A todo dia brigamos pela sobrevivência, brigamos por saúde, escola, segurança e até por governos menos ruins, isso por que, no capitalismo, o máximo que se pode ter são governos menos cruéis, uma vez que governo nenhum, dentro desse  sistema, haverá de garantir a justiça, a paz e a bonança. É aquela velha história: o inferno não deixará de ser infernal mudando apenas o diabo de plantão, o inferno é infernal por definição.
A briga diária é o pão nosso de cada dia e dela não podemos nos afastar. Mas ela é a briga menor, é a briga de resistência a voracidade do capitalismo. Precisamos, porém, nos engajar na briga maior, na briga contra o sistema, pois, a permanecer esse sistema, toda nossa luta haverá de ser em vão.
Na visão menor de muitos de nós, todo mal advém do prefeito corrupto, incompetente, insensível e toda nossa fuzilaria deve ser dirigida contra ele. Muito bem! Mas será que um prefeito honesto, competente e sensível irá acabar com a desigualdade social, com a injustiça, com a violência? Claro que não! O inferno continuará infernal mesmo que tenhamos um “diabo camarada”. Portanto, é hora de parar para pensar e, sem colocar de lado a luta contra o prefeito corrupto, incompetente, insensível , levar avante a boa briga, a briga clara e ostensiva contra o grande inimigo da humanidade que é sistema capitalista, cujo único propósito é a busca do lucro para uns poucos, enquanto o mundo marcha celeremente para a destruição, levando-nos a concluir que: ou a humanidade destrói o capitalismo ou o capitalismo destrói a humanidade.
Façamos, então, de cada um de nossos sindicatos uma trincheira de luta contra todas as formas de injustiças e cerremos fileiras tanto na briga menor quanto na briga maior e, assim, faremos a boa briga.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

TECNOCRACIA



            No governo exercido pelos militares para defender os interesses da burguesia, uma corrente liderada pelo Delfim Neto, dizia que se deviam afastar os políticos de carreira e instalar quadros aptos, técnicos-cientificamentes. No olhar dessa gente, os problemas sociais, deveriam ser tratados por pessoas aptas para a tarefa específica que pretendíamos. Exemplo: tem-se o problema da malha viária, então busca-se alguém dotado de conhecimento especial para resolver essa questão. Fosse o problema de natureza agrária, se buscaria alguém apto a resolvê-lo. Com muito rigor seriam escolhidos verdadeiros “gênios” no trato das questões econômicas e financeiras.
            Dessa maneira, atingir-se-ia dois objetivos: um, era se livrar dos politiqueiros; outro, era pôr em lugar desses, uma legião de técnicos e cientistas. Assim, estaria posta uma sólida tecnocracia dotada de competência, honestidade e dedicação, uma vez que esses tecnocratas escolhidos “livremente” pelas pontas das baionetas tinham “amor” e zelo à causa capitalista.     
            Os “socialistas”, que propagavam um mundo capitalista decadente e um mundo socialistas ascendente, ficaram sem discurso diante da queda do muro de Berlim. No vazio, floresceu o “marxismo legal” transitando pelas dependências das academias, recebendo seus pecúlios e privilégios.
            Formaram-se grupos em torno da disputa por vantagens e, raramente, por razão de diferenças teóricas. Não escrevem eles para o vulgo, a quem abomina. Estão sempre voltados para os seus umbigos.
            Assim, vem se comportando a velha esquerda, particularmente os trotskistas. Não lhe importa o acúmulo conquistado por alguém nas suas andanças, embates, leituras e polêmicas. O que importa é o nível de qualificação acadêmica. O assunto é transporte? Busque-se entre os doutos e eles derramarão várias teorias que deveriam ser praticadas pelos diferentes governos. Não proclamam a necessidade de um novo sistema sócio-econômico. Propõe apenas governos de perfis tecnocráticos, livres da gentalha dos políticos gatunos e dessa forma os capitalistas ver-se-iam livres do alto custo que representa as propinas desembolsadas na forma de corrupção.