quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

“A gangorra”

A burguesia não é uma só, homogênea. Ela divide-se em muitas frações e tem muitos interesses contraditórios. Mas quando se trata dos interesses gerais do capitalismo, da sua preservação, todas as frações se unem em defesa desse sistema. As diferentes frações burguesas se organizam em partidos e coligações para manipular o Estado em função dos interesses desses grupos. Entre os milhares de truques que a burguesia usa para se manter está o truque da “gangorra”.
O truque é assim: quando umas frações estão de cima, as outras que estão de “baixo” lhes fazem oposição, procurando explorar os deslizes e erros cometidos pelos que estão no governo. Quando esses governos tornam-se impopulares vem a oposição e assume o seu lugar trazendo esperanças para o povo, até se esgotar, e assim, vem governo e vai governo e o sistema capitalista permanece intocado.
Essa manobra é usada em quase todo o mundo. Exemplo clássico é o da Inglaterra onde se alternam no governo o Partido Conservador- PC e o Partido do Trabalho- PT. Nos Estados Unidos a alternância é entre os Republicanos e os Conservadores. Aqui no Brasil querem impor a seguinte “gangorra”: o PT e outros partidos da burguesia ocupam o governo. Apresentam-se, como oposição, os “neoliberais” do PSDB, DEM...Chama atenção o fato deles imporem a seguinte dicotomia: direita, são os neoliberais, aqueles que reclamam liberdade total para o mercado e, esquerda, seriam aqueles que indentificam o Estado como se fosse do povo, o que é uma deslavada má fé.
Resta-nos arrebentar esta “gangorra” mostrando ao povo que “direita e esquerda”, nos moldes deles, não passa de uma mentira. A verdadeira esquerda, anticapitalista, tem por obrigação de denunciar esses e outros truques que eles apresentam.
Temos que fugir da “gangorra”. Temos que desmantelar o discurso burguês, seja ele que feição tenha, “neoliberal” ou “presumidos desenvolvimentistas” À la Celso Furtado: esquerda é anticapitalismo e pronto. O resto é falácia, é enganação.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Morosa e amorosa

Para os ricos e alguns tranbiqueiros bem sucedidos, a nossa justiça é morosa e, sobretudo, amorosa para com eles. Basta que olhemos para figuras do Maluf, do Jader Barbalho, do Romero Jucá, do Oreste Quecia e do senhor José Dirceu, de quem se diz que se tornou um homem rico. Esses são tranbiqueiros notórios de nossa querida República. Para completar nosso drama, vale apena citar o caso do banqueiro Daniel Dantas, que preso, logo foi solto pelo presidente do Supremo, Gilmar Mendes. Outro exemplo escandaloso é da Camargo Correia que submetido a uma investigação, foi “merecedor” da benevolência de outro ministro do Supremo, que ordenou a suspensão imediata da investigação.
Não é de admirar, portanto, que os tranbiqueiros ricos, que podem pagar bons advogados, tenham certeza de sua impunidade. Enquanto isso, as camadas mais pobres da população, que não dispõem sequer dos serviços de uma superlotada Defensoria Pública e amarga os dissabores de tantas injustiças. Essa é a verdadeira face cruel do capitalismo. Para os ricos, tudo de bom! Para os pobres, o rigor do chicote invisível. Temos que reverter essa situação.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Remediar

Artigo publicado no jornal O Povo.
O Povo
http://www.opovo.uol.com.br/opovo/opiniao/947172.html
Remediar
Gilvan Rocha
22 Jan 2010 - 01h01min

Madre Tereza de Calcutá. Irmã Dulce, da Bahia. Agora, Zilda Arns, são figuras, com justiça, reverenciadas pelo trabalho dedicado a socorrer os pobres e miseráveis. São elas cristãs e o cristianismo tem a milenar tradição de administrar a miséria, ministrando algumas doses de assistencialismo. Outro cristão, no caso, o saudoso Betinho, sob o argumento de que ``a fome tem pressa`` buscou criar os ``comitês de cidadania`` cujo objetivo era arregimentar homens e mulheres de boa vontade, para socorrer os famintos. As Atitudes do Betinho, como da Madre Tereza de Calcutá, da Irmã Dulce, da Zilda Arns são louváveis porém, completamente insuficientes e terminam por servir aos que assim agem, pois que, no hipotético Céu, está reservado um lugar para eles e depois, (quem sabe?), poderão ser canonizados.

Diferentemente dos cristãos de boa fé agem, em princípio, os marxistas, ou melhor, os socialistas, que, ao invés de pretender remediar os males socias, causados pelo capitalismo, buscam ir às causas e resolver definitivamente, esses problemas milenares.

Essa diferença de comportamento, entre cristãos e marxistas, merece reflexão. Ambas as correntes não devem se afastar, porque sobre elas pesa a tarefa de construir a paz, a harmonia, através da justiça social que o capitalismo não pode oferecer. É preciso união sem discriminar credos e convencimentos e não é demais, porém, alertar para o equívoco de todo trabalho que se limite a mitigar o sofrimento dos desvalidos.

A união torna-se necessária e, sobretudo, urgentíssima, uma vez que a ordem econômica, cujo eixo é proporcionar lucros para uma minoria, tornou-se inviável e nos arrasta para tragédia total, como se vê pelos sinais que a própria natureza agredida tem nos dado fartamente. Salvar o mundo, salvar a vida é a tarefa que hoje se impõe a todos nós e dela não devemos fugir, pois seríamos cúmplices de nossa própria destruição, num espetacular suicídio social que só a conscientização permanente e abrangente desse problema poderá evitar.

Gilvan Rocha - Presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos
(Caep)
gilvanrocha50@yahoo.com.br

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Haiti sem Estado

O Estado não foi uma criação gratuita da sociedade. Por milênios a humanidade desconheceu a necessidade de Estado. Esse longuíssimo período histórico passou a ser conhecido como comunismo primitivo que se caracterizava pela ausência da propriedade privada e, portanto, de classes socias. Com o advento da propriedade privada e da consequente divisão da sociedade em classes, fez-se necessário esse instrumento de poder político que se chama Estado e sua função era e é garantir a desigualdade social, reprimindo qualquer manifestação de descontentamento.
O padre Aristides, eleito Presidente do Haiti, decretou o fim do Exército e da Polícia, esteios do Estado. Esse gesto deveria fazer a alegria dos anarquistas que se contrapõem, pura e simplesmente, à existência do Estado. Praticamente sem Estado, o Haiti continuou miserável e a burguesia local continuou desfrutando de suas regalias. Diante da catástrofe sísmica que se abateu sobre o Haiti, a ausência parcial do Estado tem se apresentado como razão de dificuldades para administrar o descontrole social reinante.
Diferentemente dos anarquistas, os marxistas têm a compreensão da necessidade de um Estado anti-Estado. Isso se dá porque a revolução social não permite um imediato estabelecimento da igualdade. Daí a necessidade de se construir um Estado cuja tarefa é planejar a economia de modo a conquistar o nivelamento, ou seja, o desaparecimento de classes socias, o que redundará na supressão do Estado, vez que ele se torna desnecessário, obsoleto.
Em um quadro de acentuada desigualdade, como é no Haiti, torna-se imprescindível o Estado para evitar transtornos maiores, seja esse Estado burguês ou, no melhor das hipóteses, um Estado dos trabalhadores e o Haiti, atualmente, está privado desse instrumento em qualquer versão e isso tem agravado a situação de descontrole social.
Urge que se criem, imediatamente, no Haiti, mecanismos de organização da sociedade que, nas circunstâncias atuais, dificilmente poderia ser um governo do povo.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Veja Bem!

Eis o panfleto distribuido pelo Centro de Atividades de Estudo Político - CAEP na Granja Lisbos, Granja Portugal e Conjunto Ceará. Leia e divulgue.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Haiti, sempre

A tragédia do Haiti tem comovido o mundo inteiro. O socorro aos desvalidos atingidos pela catástrofe foi liderado pelo imperialismo, suas entidades e personalidades. Esse episódio deveria nos fazer refletir. Algo está acontecendo para que a natureza dê sinais de estremecimentos. A sanha do capitalismo em busca do lucro para uns poucos, agride frontalmente a natureza e a resposta tem se revelado em vários episódios drásticos, que vão desde nossa tragédia em Angra do Reis, a imensurável tragédia que se abateu sobre o povo miserável do Haiti. Mas não é só o Haiti que clama por socorro. Na África desenrola-se dramas comoventes marcados pela morte, seja pelo cutelo da fome ou dos trágicos conflitos entre etnias, quando se dar a morte de negros por negros.
Não é sensato, nem tão pouco inteligente, ficarmos circunscritos as nossas vidinhas, sem intervirmos na realidade política, esperando construir redomas para proteger nossos filhos e netos, quando isso é totalmente impossível. A verdade é que ou nos salvamos todos ou seremos tragados pela tragédia global que o capitalismo nos arrasta. Portanto, é hora do trabalhador, do estudante, da dona de casa arregaçar as mangas e levar a cabo um efetivo trabalho para dar cabo desse sistema anti-humano, sob o qual vivemos, pontilhados de tragédias maiores e menores.
O socialismo é a única saída racional para superação do capitalismo. Essa proposta, entretanto, sofre de muitas reservas pelo fato de que a revolução socialista, derrotada em escala mundial, ensejou o surgimento de estados policiais que cometeram atrocidades indizíveis. Hoje o socialismo poderá se efetivar, com um único caminho, para a verdadeira emancipação humana.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

UMA REFLEXÃO

UMA REFLEXÃO


A tragédia que se abateu sobre os haitianos leva a pensar.
Acredita o povo que Deus fez o mundo e sobre ele exerce sua regência. Isso, se fosse verdade, daria para questionar por que um povo tão sofrido, como os haitianos, mereceriam tamanho castigo. A ciência leva-nos a ter certeza que o mundo físico se rege pelas leis da natureza e a sociedade pelas leis da história. Daí ser possível refutar as crendices e explicar o mundo por uma ótica mais correta.

Clamam, os seus pesares, o mundo todo pela tragédia haitiana e os brasileiros, em especial, clamam pela morte de Zilda Arns, uma mulher devotada a assistir as crianças pobres do Brasil mitigando-lhes os seus sofrimentos e tudo isso merece uma reflexão, embora saibamos que pensar dói.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

“COMISSSÃO DA VERDADE”

“COMISSSÃO DA VERDADE”


O Terceiro Plano Nacional de Defesa Dos Direitos Humanos causou um “racha” no seio do governo Lula, pelo fato de propor que seja criada uma Comissão da Verdade que teria como objeto apurar as torturas praticadas pela ditadura e apontar os seus responsáveis.
A extrema direita, presente no governo, representada pelo os ministros militares e alguns ministros civis, bradaram o seu veemente protesto e ameaçaram demissão. A direita moderada, preocupada em construir uma boa imagem do Estado de Direito, continuou defendendo o citado plano. Em quanto isso, o malabarista político, Luis Inácio Lula da Silva, procura conciliar as partes e o povo na sua maioria, mantêm-se distante desse debate. O que é lamentável.

Ora, para início, compreendemos seja impraticável os direitos humanos no sistema capitalista, contudo aceitamos a bandeira como forma de resistência aos extremos de desrespeitos praticados, ontem, hoje e sempre nesse sistema.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

ANO ELEITORAL

ANO ELEITORAL


O ano de 2010, como sabemos, é um ano eleitoral aqui no Brasil. Algumas candidaturas já estão postas. Dilma, Serra, Marina, Ciro. Enquanto isso, o Psol busca um nome para levar adiante como candidato à Presidência da República, uma vez que Heloisa Helena prefere ser candidata a senadora por Alagoas. Um dos nomes de destaque do Psol é Plínio de Arruda Sampaio. Mas outros nomes se colocam, porém, isso não é de fundamental importância para nós, socialistas revolucionários. Compreendemos que o fundamental é o discurso. Esperamos que o Psol cumpra a tarefa histórica de denunciar, frontalmente, o capitalismo e não se conter no discurso moralista do tipo “fora corrupção”.

Fora corrupção sim, mas na verdade essa não é a questão central, uma vez que ela é filha legítima do capitalismo, portanto devemos, antes de tudo, denunciar a matriz de onde emana essa e outras mazelas políticas e sociais.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Cuidar da vida.....

Artigo
O Povo
Cuidar da vida...
Gilvan Rocha
08 Jan 2010 - 01h19min
http://www.opovo.uol.com.br/opovo/opiniao/943286.html

Ouvimos com frequência as pessoas falarem em ``cuidar da vida``. Cuidar da vida significa cuidar em ter um bom nível escolar, conquistar um emprego, ser promovido, buscar uma estabilidade, fazer poupanças, conquistar uma moradia ou mesmo perseguir o direito a uma velhice tranquila. Isso é o que se diz e
isso é o que geralmente é feito pelas pessoas. Não compreendem elas que cuidar da vida seria coisa bem diferente. Cuidar da vida é lutar contra o atentado perpetrado pelo capitalismo contra a sobrevivência da própria espécie humana. Aí sim, é cuidar da vida. É evitar que a barbárie se avolume e nos dê como desfecho a tragédia total.

A luta anticapitalista deve estar na ordem do dia seja do jovem, da dona de casa, do trabalhador rural, do bacharel ou do ancião. Do povo letrado e do iletrado.

Será que é tão difícil compreender isso? Será que estamos vendo o planeta ser agredido, de forma irresponsável, pelo capitalismo que não tem outro propósito senão a busca do lucro para uma minoria, mesmo que isso custe o assassinato das nossas florestas, rios, mares, animais silvestres e gente? Será que vamos ficar impassíveis diante de tantas ameaças?

A nossa omissão nos levará inevitavelmente para o suicídio social. Não se tome providência e a humanidade será varrida da face da terra e reinará a morte. Portanto, cuidar da vida, repetimos, é arregaçar as mangas e intervir politicamente, seja no sindicato, na associação de bairro ou num partido político. Seja, também, a toda hora e a todo instante, e de forma clara e cristalina contra a ordem capitalista e pela construção de uma nova ordem social que respeite a vida e não o princípio do lucro para uns poucos.

Assim pensamos, assim agimos e esperamos que não estejamos sós, como um punhado de obstinados. Esperamos que você trabalhador, você dona de casa, você juventude, você profissional liberal, venha se juntar a nós nessa tarefa de denunciar a verdadeira causa da violência e dos desmandos que a ordem vigente
nos impõe.

Gilvan Rocha - presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos
(Caep)
gilvanrocha50@yahoo.com.br

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

De Passagem

De passagem


Ontem, dia 07 de janeiro do ano de 2010, foi exibido pela rede nacional de televisão o programa político do Partido Socialismo e Liberdade, PSOL. Apesar de alguns méritos o partido em causa peca por insuficiência. Deixa de lado a questão central que é a denúncia do capitalismo. Mas para não passar em branco, a sua presidente Heloisa Helena falou, de passagem, em capitalismo de forma sumária, sem mais delongas. Falou também em Deus, que, se brasileiro, como se diz, ele seria um péssimo patriota, pois o povo do Brasil, por sua maioria, sofre de muitas mazelas sociais produzidas por um capitalismo cruel. Na verdade, ao invés do anticapitalismo necessário, o PSOL termina por resvalar para a questão eleitoral e isso é lamentável. Registramos, também, nosso pesar pela ausência, no aludido programa da figura importantíssima de Plínio de Arruda Sampaio e isso, também, é lamentável.


Gilvan Rocha

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O ANTIAMERICANISMO

O ANTIAMERICANISMO

Os Estados Unidos jogam o papel de policiais à serviço da sustentação do capitalismo, usando todos os meios para impedir qualquer ameaça ao sistema. Por essa razão e pelo trabalho que fizeram os “partidos comunistas” espalhados pelo o mundo, criou-se um sentimento profundamente anti-americano. Não há manifestação, em qualquer parte do mundo, que não termine com a queima da bandeira dos Estados Unidos e assim as massas não são chamadas para queimar a bandeira negra do capitalismo. Esse sentimento anti-americano leva a que a esquerda julgue que tudo que é contra eles merece o nosso apoio. Não distinguem que o imperialismo norte americano se opõem os verdadeiros socialistas e progressistas, como também, opõem-se os fascistas representados pelo Talibã, o Iran, a Síria. Manda o bom senso que a oposição ao fascismo é que deve está em primeiro lugar. Lembremos que juntaram-se ingleses, americanos, franceses e a esquerda em geral para dar cabo ao nazismo. Devemos, portanto, repudiar as manifestações e ações fascistas contra o “império.” A ele devemos opor a revolução socialista.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Indústria de guerra

Dentre os negócios mais rentáveis, no capitalismo, está a indústria de guerra. Foi no interesse delas que George W. Bush promoveu sérios conflitos armados, desafiando a opinião pública internacional. Mas não são somente os Estados Unidos que procuram alimentar a indústria de armas. Os principais países capitalistas têm o seu parque industrial voltado para atividade bélica.
Essa indústria de guerra funciona bem quando tem guerra, é claro. Porém, em tempo de paz ela não para de faturar, criando tensões localizadas e os exemplos são fartos, espalhados pelo mundo.
Nesse instante o Brasil se prepara para comprar 36 aviões caças da França, o que custará a “bagatela” de dez bilhões de dólares. Não sabemos se o Brasil está à beira de qualquer conflito. Mas como dissemos a indústria de guerra tem que ser alimentada, mesmo em tempo de paz, proporcionando grandes lucros, para os magnatas, em nome de hipotéticas soberanias nacionais.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

POEMA

POEMA

Bertolt Brecht


“Nós vos pedimos com insistência:
Nunca digam- Isso é natural!
Diante dos acontecimentos de cada dia.
Numa época em que reina a confusão,
Em que corre o sangue,
Em que o arbitrário tem força de lei,
Em que a humanidade se desumaniza...
Não digam nunca: Isso é natural!
A fim de que nada passe por ser imutável.”

Gilvan Rocha comenta o filme " Lula filho do Brasil"

Tem que teimar !

Fomos assistir ao filme “Lula filho do Brasil”. Trata-se de um filme de boa qualidade técnica e de excelente desempenho artístico, cuja produção foi caríssima e financiada pelo grande capital, pelas grandes empresas que têm negócios com o governo. É digno de se assistir porque remonta a fatos históricos que merecem ser lembrados. Entretanto, do ponto de vista político, impôs-se o discurso da burguesia, ou seja, o discurso assimilado pelo povo de que basta teimar, ser perseverante e tudo estará ao alcance de nossas mãos. Esse discurso, como os inúmeros discursos da burguesia, não passa de uma deslavada mentira, pois no sistema capitalista, o bem - estar e o sucesso estão reservados para poucos, pouquíssimos mesmo. Por essa razão, a mensagem do filme “Lula filho do Brasil” deve ser refutada com toda veemência pelos que cultivam a verdade.