sexta-feira, 28 de setembro de 2012

MISÉRIA ASSISTIDA



 MISÉRIA ASSISTIDA

            Há uma diferença abismal entre marxistas e cristãos, diante da pobreza e da miséria. Enquanto os cristãos buscam administrar a miséria promovendo campanhas assistencialistas que tornem a vida dos deserdados menos cruel, os marxistas têm como proposta a erradicação da pobreza e da miséria atacando a causa. Os cristãos, por mais de dois milênios, levam a cabo várias campanhas do tipo: a sopinha dos pobres, cobertor para os desvalidos diante do impiedoso frio, albergue para os desamparados e outras iniciativas do gênero que, se servem para minorar o sofrimento imediato de uma pequena parcela da população carente, servem muito mais para assegurar às almas caridosas, uma compensação na “vida eterna”.
            Os gestos caridosos dos cristãos têm permitido que alguns deles galguem a posição de santos no reino celestial, numa prova concreta de que investir na miséria, torna-se pelo prisma religioso, um bom investimento para quem o pratica. Enquanto isso, os marxistas preocupam-se com a desconstrução do sistema capitalista como causa da pobreza e da miséria. Mas eles, os marxistas, não pretendem salvar o povo de suas agruras e, ao invés de sopas, cobertores, albergues, preferem ministrar doses maciças de conscientização, pois entendem que a humanidade só pode se livrar das chagas sociais que se abatem sobre a pobreza e a miséria, quando a massa de explorados e oprimidos tomar consciência de que seus sofrimentos só podem ser abolidos a partir da ação libertadora dos próprios explorados.
            “A obra de libertação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores” ou não haverá libertação. A postura do petismo e de outros demagogos, vai no sentido de buscar administrar a pobreza e a miséria e dela tirar dividendos políticos, como é o caso da campanha Bolsa Família. Daí, a indecente colocação dos candidatos petistas que se propõem, demagogicante,” cuidar do povo como Lula ensinou”. Isso é sumamente imoral, e é assustador que essa posição política, de caráter demagógico e paternalista,  seja assumida por pessoas que no passado recente se reivindicavam socialistas revolucionários.
             Essas questões, e tantas outras têm que ser refletidas sob pena de nos afundarmos, como tem acontecido diante do discurso falacioso verbalizado pela esquerda direitosa tão bem representada pelos partidos PT-PCdoB-PSB.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

PT GAIATO


PT GAIATO
            O Partido dos Trabalhadores, antes motivo de esperanças, mudou profundamente.  Hoje ele não pode ser levado a sério. Perdeu qualquer conotação ideológica para se tornar uma agremiação política de perfil claramente fisiológico. Antes, eles buscavam se locupletar das máquinas sindicais e municipais, para depois conseguir se inserir nas máquinas estaduais e, por fim, no governo federal.
            A direção petista, que outrora se negara a qualquer entendimento com o PMDB ideológico de Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Mario Covas, Tancredo Neves, não teve o menor escrúpulo em cair nos braços do PMDB fisiológico, extremamente corruptor e corrompido, representado por figuras dessa pútrida república brasileira como são: José Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Romero Juca, Michel Temer e alguns outros.
             Depois, de se envolverem em episódios bastante comprometedores, como foram os casos de Santo André, que culminou com a morte do ex-prefeito Celso Daniel e com a misteriosa morte de Toinho, na cidade de Campinas, os petistas mergulharam no maior escândalo da nossa história política, quando arquitetaram e operaram o chamado Mensalão.
            Quando o escândalo veio a público e foi aberto um processo contra os mensaleiros, eles apostaram na impunidade dos envolvidos. Por quê? Ora, o governo petista, representado por Lula e Dilma havia nomeado oito, dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal e contavam que esses ministros, em troca do ato de nomeação, haveriam de inviabilizar qualquer punição aos delinquentes desse processo. Mas, a previsão não tem se confirmado, tudo indica que a grande maioria dos ministros que compõem o STF, ao invés de enveredar pelo descalabro da impunidade, optaram por trilhar o caminho da justiça, embora essa conduta não seja frequente nos tribunais da burguesia, quando os réus são ricos e bem situados.
            À exceção do ministro DiasToffoli e do seu parceiro Ricardo Lewandowski,que têm se portado como verdadeiros advogados dos acusados, parece que o citado tribunal, por sua maioria, preferiu ouvir os clamores do povo e da justiça, mesmo que esta seja capenga.
            Diante da iminência da condenação dos mensaleiros, hoje, o PT se sai com o discurso gaiato, dizendo que as atitudes do STF são gestos golpistas, como golpista é a imprensa democrática burguesa, quando denuncia, baseada em fatos e documentos, os inúmeros atos de corrupção.
            O petismo desfigurado, fisiológico, bem merece um lugar na História e não existe lugar mais apropriado para eles, do que as penitenciárias superlotadas pelos delinquentes pobres.
                                                                                                                 Gilvan Rocha

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

QUESTÃO DE GOVERNO?



QUESTÃO DE GOVERNO?

            A burguesia, na sua esperteza, consegue induzir nos letrados e iletrados a falsa crença de que os problemas sociais, como fome, drogas, violência, educação, saúde e tantos outros podem ser resolvidos por iniciativas governamentais. É verdade que, um governo competente e sério, pode minorar os problemas sociais. Entretanto, é necessário esclarecer que a causa dessas mazelas tem como matriz um sistema socioeconômico esgotado. Querer resolver esses problemas que afligem a maioria do povo, através da mudança de governos, é uma ilusão que só interessa à burguesia.
            É doloroso ver a omissão quanto a um verdadeiro diagnóstico de nosso quadro social. Ele teria que ser bem claro, e dizer que a solução para esses problemas, deve ser buscada na desconstrução do capitalismo. Quem deveria fazer essa denúncia, quem deveria dizer ao povo que governos vão e vêm, enquanto o sistema de desigualdade e injustiça permanece, seriam os partidos que se dizem comunistas e socialistas. No entanto, não se vê, nem se ouve, desses senhores, nenhuma referência ao sistema socioeconômico vigente. Preferem dizer que com governos competentes e honestos tudo se resolve.
            Ora, mudança de governo não implica em nenhuma mudança substancial.  E é verdade, que mudanças qualitativas não se dão por via dos processos eleitorais. É frequente ouvirmos dizer, dos partidos ditos comunistas e socialistas, que as suas participações em eleições, se constituem oportunidades táticas: dizem levar avante um discurso que esclarecerá o povo no sentido de que seus males não podem encontrar solução nos limites desse sistema. Somente um processo de ruptura e transformação radical, poderá produzir as condições necessárias a libertação do povo, particularmente das massas trabalhadoras, dos grilhões que as acorrentam. Isto é, somente um processo de radical transformação poderá trazer a igualdade e a justiça entre nós.
            O povo precisa saber!

                                                                                  Gilvan Rocha

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

"AS BRAVATAS DE DIRCEU"



AS BRAVATAS DE DIRCEU
            O sinistro José Dirceu é pródigo em suas bravatas e a estende ao Partido dos Trabalhadores quando diz que seus militantes não se acovardam. Conhecemos o PT desde os primórdios de sua fundação. Conhecemos vários de seus militantes, deles até dirigentes, que são meros poltrões, verdadeiros répteis.  
            O dito senhor, quando foi expurgado do governo Lula, teve a oportunidade de dizer que estava apto a lutar tanto no planalto quanto na planície. Tratava-se de pura bravata, pois o seu currículo o denuncia como um ser rastejante à sombra do stalinismo. Em Cuba, viveu às expensas do fidelismo e em troca do amparo, retribuía com sobejas bajulações e o silencio cúmplice diante das atrocidades liberticidas praticadas em nome do socialismo.  Nunca moveu a mais leve crítica aos estados policiais que se abrigavam sob o indevido rótulo de países comunistas.
            Lembramos muito bem, quando hospedado em nossa casa, ele dizia: “O PT precisa aprender a fazer política”. Não pretendia com isso, que essa agremiação, deveria se esmerar em levar adiante um projeto de natureza socialista. O seu discurso tinha outro viés que consistia em buscar chegar ao governo a qualquer custo. Dessa forma, foi ele o grande articulador e operador do infame processo de capitulação desse partido.
            A vergonhosa capitulação petista tem o seu ponto mais alto quando Lula, Delúbio e Dirceu procuram o capitão de indústria e membro do grande capital, José Alencar, para formar a chapa petista ocupando a candidatura a vice presidente. Para selar essa esdrúxula aliança entre capital e trabalho, o PT teria que desembolsar  a astronômica cifra de dez milhões de reais, doados ao partido do sr. José Alencar. Dessa operação participaram, além dos três petistas já citados, o próprio José Alencar e o gangster político Valdemar Costa Neto.
            Estranhíssima negociação! Primeiro, cabe perguntar de onde o PT haveria tirado tanto dinheiro? Será que essa fortuna tinha as manchas de sangue do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel? Ou teria a generosa contribuição dos corruptos de Ribeirão Preto? Seriam esses recursos provindos das máquinas sindicais sob o controle da CUT? Por fim, seria o somatório de diversas fontes escusas?
            Além desses questionamentos, outra curiosidade faz-se patente, pela sua singularidade histórica, uma vez que se assistia a um fato inusitado, qual seja, o do trabalho comprar o capital. O passo seguinte, no processo de capitulação petista operado pelo sr. Dirceu, se dá com a famosa “Carta ao Povo Brasileiro”, que não passa de uma carta dirigida ao grande capital, comprometendo-se em respeitar os interesses do capitalismo e anunciar  o indiscutível fato de que o leão era mansinho e, portanto, não seria justo que a burguesia dele tivesse medo.
            Outra parte das negociações consistiu no compromisso do lulismo em, eleito, nomear para o Banco Central alguém da confiança do capital financeiro, tanto do Brasil como além fronteira. Cabe ressaltar que esta promessa foi cumprida com bastante zelo. Consumada a total e absoluta capitulação, vieram as eleições presidenciais de 2002 e o antigo metalúrgico, Lula da Silva, se elegeu e, logo, sob a eficaz articulação do sr. José Dirceu, tratou de levar a cabo uma nova etapa de seu discurso promovendo algumas ações políticas no rumo da construção de uma forte aliança do petismo com o que existia de pior no cenário político nacional, representado pelas figuras de Jose Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Romero Jucá, Michel Temer e o mais emblemático dos corruptos, Paulo Maluf.
             Era, portanto, esse fazer político, que Dirceu dizia precisarmos aprender. Enganam-se os que, por pura ingenuidade, dizem: o PT quando chegou ao poder descaracterizou-se, de denunciante da corrupção passou a ser praticante. Essa colocação é dotada de dois grandes equívocos: não é verdade que o PT chegou ao poder, ele chegou tão somente ao governo, e há uma diferença profunda entre governo e poder. Por seu lado, o PT não mudou, após chegar ao governo. O seu processo de descaracterização é bem anterior, e para que ele se consumasse, foi indispensável a participação desse “valente” senhor que responde pelo nome de Jose Dirceu. Ele hoje é acusado de chefe da quadrilha do mensalão.
            Em razão desse quadro, pouco valor têm as suas recentes bravatas, quando afirma que se disporá a enfrentar as consequências do julgamento do mensalão, com a devida galhardia e proclama que não deixará o Brasil, mesmo com a possibilidade de ser preso.

                                                                                                                                           Gilvan Rocha

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

"FORMIDÁVEL FASCISMO"



“FORMIDÁVEL FASCISMO”
            O islamismo fundamentalista é fascista. Parte do principio de que aqueles que não professam o islamismo são infiéis e devem ser abatidos. Pós vários testemunhos de intolerância e de agressividade, recentemente, em razão de um filmete denegrindo a imagem de Maomé, ensejou uma onda de manifestações cujo alvo principal tem sido os Estados Unidos. O desvario desses fundamentalistas vai às culminâncias, depredando embaixadas ianques e ate assassinando representantes diplomáticos, tudo isso inspirado pela organização terrorista Al Qaeda.
            Diante desse quadro, é lamentável a postura da esquerda de matriz estalinista, que não esconde suas simpatias pelo antiamericanismo professado pelos fascistas muçulmanos. Isso se explica pelo fato dessa esquerda não ser anticapitalista e sim, antiamericanista, levando esse sentimento às últimas consequências, dentre elas a de cultivar uma política de aliança com esses setores, como tem sido praticado pelo coronel Hugo Chavez. Ele não se nega a estreitar os seus laços políticos com o Irã, a Síria e o Taliban. Essa postura evidencia a natureza extremante equivocada de uma esquerda que um dia se pretendeu socialista.
            Deve-se ressaltar que o verdadeiro socialismo é, antes de tudo, anticapitalista e que, reduzir o conceito de imperialismo apenas aos ianques, é um grave erro, pois, além de desconhecer o imperialismo inglês, japonês, frances, alemão, canadense  promove o nacionalismo como bandeira maior da luta política dentro do dogma stalinista consubstanciado na tese de que a contradição principal é: nação opressora versus nação oprimida. Essa colocação contraria o principio marxista de classe opressora versus classe oprimida, como questão central.
            A esquerda convencional raia o delírio, quando assiste à queima da bandeira do imperialismo ianque, promovida pelos fundamentalistas islâmicos. Há muitos anos essa esquerda deixou de agitar a bandeira do anticapitalismo para assumir um tosco nacionalismo de graves consequências. Não vêem, por trás dessas manifestações, o fascismo e se o vêem, não deixam de considerar tal fascismo como formidável, desde que antiamericano. Isso é deplorável.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

FORTALEZA


          Nenhuma cidade brasileira, de inequívoco conteúdo capitalista, poderá ser chamada de “espaço de convivência cidadã”. Esse discurso procura desconhecer a existência de classes sociais com interesses conflitantes e antagônicos. Quase a totalidade dos candidatos que concorrem às eleições evitam falar a verdade. Alguns mentem por conveniência, como é o caso dos políticos burgueses que têm, por obrigação, a tarefa de enganar o povo. Enquanto isso, regra geral, os candidatos ditos de esquerda omitem verdades com o claro intuito de não perder votos e mentem para ganhá-los. É compreensível que os partidos da ordem sócio-econômica vigente, pratiquem a demagogia, a enganação. Esperava-se, que partidos ditos socialistas e comunistas tivessem outra conduta, e fizessem o discurso da verdade. Isso implicaria em dizer para o povo que os processos eleitorais, no capitalismo, se prestam, tão somente, a disputas de governos em todos os níveis, sejam eles federal, estaduais ou municipais.
       Nos processos eleitorais, disputam-se apenas governos, e há uma diferença abismal entre governo e poder. A burguesia diz que no “Estado democrático de direito” existe alternância de poder e isso é uma desbragada mentira. Eleitores não são chamados para votar em juízes, oficiais das Forças Armadas e policiais, nem em qualquer um dos que compõe a lista de servidores que operam o real poder de Estado no interesse do sistema vigente.
       Essa questão, de importância fundamental, não é tratada junto ao povo e o que observamos é o fato de existir no seio das camadas sociais bem letradas, letradas e iletradas, a ilusão de que governo é poder, sem observar o quanto de enganoso existe em tal afirmação. Caberia portanto, aos partidos ditos comunistas e socialistas desconstruírem este e outros tantos discursos enganosos, propalados pela burguesia na intenção, bem sucedida, de manter de pé a ignorância política, pois dela emana a sustentação de um sistema sócio-econômico que só produz graves e cruéis mazelas sociais. Em razão desses fatos, devemos repelir com toda veemência, o discurso de que as cidades são espaços de convivência harmoniosa e poética, abstraindo-se o fato, essencial, de que nelas existem diferenças de interesses entre as classes e camadas sociais que as compõem.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

INIMIGOS DA DILMA!




            Para a sra Dilma, ex-guerrilheira nos anos de chumbo, chamado impropriamente de Ditadura Militar, seus inimigos não são os seus torturadores e muito menos o sistema capitalista que ela procura gerenciar com toda competência. As suas relações com as forças armadas, e policiais, braços de sustentação da ordem vigente, são amistosas e até dotadas de muita cortesia. Não são pois, as instituições de sustentação do capitalismo, nem tampouco o próprio capitalismo que são vistos como seus inimigos. Os inimigos da ex-guerrilheira são: o PSDB, o DEM e o PPS.
            Contra o PSDB, ela abre a sua artilharia, partindo do pressuposto de que essa agremiação política é o inimigo principal de toda a humanidade, representante de um cruel modelo de gerenciamento do sistema, qual seja o modelo neoliberal. Contra esse perverso modelo, uma certa esquerda de feição acentuadamente direitosa, opõe, não o socialismo mas, um outro modelo de políticas econômica, de natureza nacional-desenvolvimentista que deverá tornar o atual sistema socioeconômico um sistema humanizado, palatável a todos os gostos e isso é um juízo sem nenhum fundamento.
            Essa dicotomia: neoliberalismo versus modelo nacional-desenvolvimentista, não passa de uma deslavada fraude política, cuja serventia é enganar consideráveis parcelas do povo, principalmente os setores tidos como mais politizados. É falso, profundamente falso, pretender que exista no âmbito do capitalismo, diferenças substanciais entre o público e o privado. Esse engano advém do fato de não se entender o verdadeiro caráter de classe do Estado. No capitalismo, o Estado é um instrumento político-militar da burguesia e o que é estatal não é do povo, como tanto propala a velha esquerda direitosa que tantos serviços, tem prestado ao exaurido capitalismo que se mantém de pé por conta de altos custos sociais.
            Não é de estranhar, portanto, que diante das impossibilidades de investimentos estatais nas obras de infra-estrutura, o governo petista lance mão de um pacote de medidas em que a privatização ostensiva dos investimentos nas obras infra-estruturais sejam colocadas como imprescindíveis.
             Trata-se de uma circunstância imperiosa, onde as necessidades do próprio sistema, determinam a conduta política a ser tomada e a sra Dilma não poderia fugir dessa contingência, quando sabemos que o seu governo, como todo governo no âmbito do capitalismo, está a serviço da burguesia. Ela procura levantar uma cortina de fumaça quando agride os neoliberais , enquanto resguarda os interesses maiores do capitalismo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

PT. MUITO DINHEIRO!




            O Partido dos Trabalhadores, depois da segunda metade da década de oitenta, tornou-se um partido rico. Cabe-nos perguntar: de onde vêm tantos recursos? Seria da venda de brochinhos e camisetas? Seria da coleta de doações de trabalhadores nas portas de fábricas? É claro que não seriam essas as fontes de sua riqueza. Tudo leva a crer, de forma até incontestável, que esse partido passou a ser alvo de investimento de empresários que vêem nisso um bom negócio.
            Tanto é assim que a campanha para prefeitura da cidade de São Paulo, onde o PT tem como candidato o almofadinha Fernando Haddad, tem o mais rico orçamento de campanha, acumulando uma astronômica cifra na sua arrecadação. A conta do candidato petista chega a ser o dobro do arrecadado por José Serra, tido como o candidato do neoliberalismo.
            Esses fatos, não deixam de ser muito intrigantes, principalmente quando os mais generosos doadores da campanha petista são, justamente, os empreiteiros que têm negócios, tanto com o governo federal, como com outros governos dessa agremiação política. Dessa maneira, fica evidente que esses “investimentos” não são feitos com dinheiro limpo, e olhe que o PT, no seu passado, comportou-se como a “UDN de macacão”, conforme a feliz expressão do saudoso Leonel Brizola, tanto era o seu moralismo. Diziam eles que esse partido seria, antes de tudo, diferente, entretanto, se diferente tem sido, é em sua voracidade fisiológica como bem revelaram os episódios do mensalão, da prefeitura de Santo André, da prefeitura de Ribeirão Preto, para não falarmos de outras tantas maracutaias empreendidas por essa gente.
            O petismo deixa-nos muitas lições, dentre elas a de que os rótulos nem sempre correspondem ao conteúdo, pois um partido dito dos trabalhadores, se propôs em ser um partido dos banqueiros, um partido do grande capital. Expressões tais, como “fazer de forma diferente” não traduzem nada, quando não se explicita a diferença, não se sabendo se ela é de caráter formal ou essencial. Tudo isso deve servir para nossas reflexões.