terça-feira, 29 de maio de 2012

CADA UM POR SI...



            Estamos vivendo uma situação preocupante. O povo está envolvido na tarefa de sobreviver, enfrentando as inúmeras dificuldades que se colocam diante de cada um. É o desemprego, o baixo salário, a violência e outras mazelas que o capitalismo coloca à nossa frente. E o que vemos é cada um por si, e os ladrões de gravata agindo contra nós, sem que se ouçam gritos de protestos. Eles roubam desde a merenda escolar ao dinheiro da saúde pública e o silêncio favorece a esses ladrões bem sucedidos, enquanto os braços curtos da justiça burguesa não haverão de alcançá-los.
            E nós? Estamos aceitando esse desfile de bandalheiras cuja expressão recente é o caso do bicheiro Cachoeira, cujos tentáculos corruptores atingem grande parcela de homens públicos, particularmente, os governadores Marconi Perilo, Agnelo Queiroz e Sérgio Cardoso, para não falar do Sr. Demóstenes Torres e outros parlamentares e altos chefes do serviço público, que vendem seus favores a esses bandidos. Não é hora de levantarmos nossos gritos de protesto, diante de tanto cinismo, diante de tanto descaramento?
            E o pior de tudo isso, é que essa lista de ladrões bem sucedidos e ocupando lugares de destaque nessa pútrida republica burguesa, desfruta do apadrinhamento de pessoas de “importantes”. Para começar, a elite da advocacia criminal, faz valer seus conhecimentos jurídicos e, sobretudo, o prestígio que desfruta para dar amparo a essa corja de delinquentes ricos, como é o caso dos Drs. Marcio Tomaz Bastos e Antonio Carlos – o Kakai – advogados que desfrutam da intimidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal, pois com eles costumam privar de intimidades e dessa forma, esses senhores advogados patrocinam a defesa dos MENSALEIROS e dos delinquentes envolvidos com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Não bastassem os serviços desses advogados, o ex-presidente Lula da Silva tem, despudoradamente, procurado usar o seu peso político e, sobretudo, o fato de ter nomeado seis dos onze ministros que compõe o STF, para tentar adiar o julgamento do Mensalão.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

ACORDO DE BANDIDOS




            Diante do escândalo do Carlinhos Cachoeira veio à tona o comprometimento de um governador do PSDB, outro do PMDB e, por ultimo, um do PT. Esses partidos e suas lideranças buscam um acordo para que nada seja, de fato, apurado e os governadores envolvidos diretamente, sejam poupados. Isto é um acordo de bandidos, um pacto de mafiosos. Tudo isso feito às claras. Não têm sequer o escrúpulo de proceder de maneira recatada. Isso talvez em razão do papel que tem jogado a imprensa, ao tornar publica as mutretas dos governos federal, estaduais e municipais. Ficou clara a intimidade do governador Sérgio Cabral, do PMDB do Rio de Janeiro, com a empreiteira Delta, que se tornou o maior consórcio da bandidagem brasileira. Ficou claro também, o envolvimento do governador Marconi Perilo, do PSDB de Goiás, com o contraventor Carlinhos Cachoeira. O mesmo grau de envolvimentos com essas e tantas maracutaias, observou-se por parte do governador do Distrito Federal o petista Agnelo Queiroz.
            Não podemos ter saudade das práticas políticas dos anos anteriores a 1964, mas a bem da verdade, naquela época, existia uma legião de políticos burgueses de perfil ideológico, que exibiam uma conduta ilibada. Com o golpe, os políticos ideológicos foram banidos, pois os golpistas pretendiam criar uma leva de políticos de perfil tecnocrata para gerir os negócios do capitalismo de forma mais eficaz.
            Tal projeto fracassou por completo, e ao invés dos políticos ideológicos, deu-se justamente o contrário, proliferaram os políticos fisiológicos e a corrupção passou a campear de norte a sul, de leste a oeste, do PT de Lula ao PP de Maluf, e o quadro atual apresenta-se como um verdadeiro fim de festa, onde os que têm chance procuram se locupletar de forma inescrupulosa e ostensiva. No entanto, não seríamos razoavelmente coerentes, se não encarássemos esses fatos como sintomas da desagregação do sistema capitalista, plenamente agonizante, que se mantém de pé por força das muletas que a esquerda direitosa lhe fornece.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

AOS MEUS IRMÃOS


            Aos irmãos sanguíneos, que são nove, aos irmãos não sanguíneos, que são bilhões, gostaria de levar uma mensagem para reflexão. Fomos todos, aqui, levados a pensar em termos de Brasil. “Nosso céu é mais azul, nossos bosques têm mais flores”. Esses e outros versos serviam e servem para nos comover, e não enxergar que por trás dessa cortina existia e existe um país formado de classes e camadas sociais, um país de dúzia e meia de ricos, de uma camada de remediados, uma grande cifra de pobres e outra de miseráveis. Esse fato poderia levar-nos a pensar: é justo dizermos “Brasil, um país de todos”? Isso é uma blasfêmia, quando sabemos que as terras no Brasil, as fábricas, as minas, os bancos, as riquezas são propriedade daquela dúzia e meia de famílias ricas. Não é verdade o que eles colocam em nossas cabeças utilizando a ingenuidade de nossas famílias, o papel da escola, das igrejas e da chamada grande mídia.
            A verdade é bem diferente de tudo que nos foi ensinado. O Brasil compõe o mundo capitalista e é justamente nesse sistema que vemos prosperar os absurdos que vão da fome, ao desemprego, aos baixos salários, à corrupção, à violência e tantas outras iniquidades. Em busca do lucro, que é a alma do sistema capitalista, eles não têm medida, além de promover múltiplas mazelas sociais agridem sistematicamente o planeta, de forma que a vida se torne impossível.
            Como argumento, imaginemos uma panela de pressão cheia d’água, posta em cima de um braseiro, em pouco tempo a água estará fervendo e para que a panela não sofra uma explosão, é necessário que exista uma válvula, por onde possa escapar o vapor produzido. Acontece que a válvula está entupida e é necessário e urgente que desentupamos esta válvula, sob pena de assistirmos a uma explosão. É isso que está acontecendo no plano social e político. O capitalismo está levando o planeta, “a panela”, a uma situação de explosão e tudo devemos fazer para sustar esse crime contra o gênero humano, pois nada deterá o capitalismo, senão a força do povo consciente.

terça-feira, 22 de maio de 2012

UMA ESTUPIDEZ




            A burguesia mente, trapaceia, engana, tortura, calunia, mata. Ora, se ela não praticasse tudo isso, não se manteria de pé. É claro que ela sabe escamotear muito bem, e ao invés de negar parte de seus crimes, ela atribui a responsabilidade, não ao sistema e sim, a determinadas correntes ou pessoas. No caso do holocausto, eles debitam a mente transtornada de Hitler e sua gangue. Por sua vez, evitam discutir a tragédia de Hiroshima e Nagasaki, praticada em nome da democracia, ou seja, na defesa dos interesses das forças majoritárias do capitalismo, representadas naquele episódio, pelos EUA. A destruição da natureza é denunciada pelo próprios destruidores. Depois de exibir cenas de desmatamentos, eles concluem: “o homem, na sua sanha destruidora, pratica crimes contra a natureza”. E vemos pessoas, bem intencionadas, quando indagadas sobre quem destrói o planeta? Responderem: o homem. E dessa forma escondem a causa da destruição, que é a caminhada do capitalismo em busca do lucro, a qualquer custo.
            O capitalismo é completamente ilógico e estúpido, considerando-se os interesses da humanidade. Mas ele é assim, e não poderia ser de outra forma. Não é que exista um capitalismo selvagem e outro civilizado, como pretende a esquerda direitosa. Estupidez maior é a praticada pela esquerda que se empenha em defender os crimes cometidos em nome do socialismo. Estupidez maior é esconder os massacres praticados em nome do marxismo-leninismo, afirmando que as acusações são caluniosas. Estupidez maior é da esquerda direitosa que durante esses últimos noventa anos, escondeu, sistematicamente, os seus hediondos crimes e criou fantasias e lendas em torno de uma pretensa superioridade. É claro que o socialismo seria ou será, superior ao capitalismo, em todos os sentidos, mas seria necessário assumir o fato de que em nenhum país houve a construção de um Estado realmente operário, pois todos eles foram convertidos em Estados burocráticos, dirigidos sob a  mão de ferro do partido único, essa excrescência política.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

CRIMINOSO, PORÉM LEGAL



            Existe certo número de criminalistas cujos serviços custam fortunas, dentre eles destacam-se Tomaz Bastos e Antonio Carlos – Kakai. Esses senhores transitam nos tribunais superiores e, no caso de Tomaz Bastos, ex-ministro do governo Lula e advogado do mensalão, transita facilmente além dos tribunais, no Palácio do Planalto.         O prestígio deles é tanto que dificilmente um ministro do judiciário se negará a um convite de Tomaz Bastos para um jantar regado a finos vinhos. E esse fato funciona como um handcap, em favor dos seus pleitos. Dessa forma os bandidos endinheirados que são os mais perniciosos, os que mais prejudicam os interesses da sociedade, tendem a ficar a salvo, quando a sua causa é patrocinada por esses senhores da “elite de criminalista”.
            A imprensa noticiou que Tomaz Bastos, foi contratado pela quadrilha de Carlinhos Cachoeira pela soma de 15 milhões de reais. Temos certo número de bandidos, profundamente anti-sociais, que gozam de liberdade em função do papel criminoso que desempenham esses senhores “criminalistas”. Paulo Maluf, Orestes Quércia, Daniel Dantas. São esses malfeitores, amparados, de um lado, por uma legislação generosa com os ricos, e por outro, pelo trabalho “brilhante” desses causídicos, comprados a peso de ouro.
            Assim funciona o sistema capitalista, penalizando os pobres e afagando os ricos. Agora está em pauta o julgamento do MENSALÃO. Tomaz Bastos tem trabalhado incansavelmente para inocentar essa quadrilha que funcionou sob o comando do sinistro José Dirceu.
            Muitos expedientes estão sendo levados a cabo para minimizar a pressão popular que exige do Supremo Tribunal Federal, um julgamento que venha a punir esse grupo de larápios que arquitetaram e executaram grandes furtos em nome da necessidade de assegurar a governabilidade, ao mesmo tempo que permitia a alguns o enriquecimento pessoal, como foi o caso de Antonio Palocci, que fez uma grande fortuna traficando influências, e a denuncia que foi feita contra ele, foi vergonhosamente arquivada.

terça-feira, 15 de maio de 2012

INSTRUMENTOS DESCARTÁVEIS



            Quando você se propõe a atingir um objetivo ou construir uma obra, você faz uso de instrumentos, ferramentas. Imaginemos estar dispostos a construir uma mesa, e para atingir tal objetivo precisamos de alguns instrumentos, como um martelo, um cepilho, uma pua, um serrote. Na medida em que esses instrumentos estão devidamente aptos a permitir que atinjamos o nosso objetivo, não podemos descartá-los, pois são necessários. Imaginemos que um dos instrumentos, o serrote, por exemplo, está ficando ineficaz e tratamos de tentar corrigir os seus defeitos, mas se esse instrumento ao invés de nos ajudar, está prejudicando nossos objetivos, ele terá que ser descartado para que possamos assumir instrumentos à altura dos nossos propósitos. Isso parece-nos muito claro.           
            Pondo de lado o exemplo da mesa e das ferramentas necessárias, tratemos das questões sociais, que atormentam a vida da imensa maioria sujeitando-a a descabidas mazelas. Para enfrentar essa situação desconfortável e atingir uma sociedade livre dos absurdos sociais da atual sociedade capitalista, é necessário o uso de meios capazes de nos favorecer nesse objetivo.
            Dentre os múltiplos instrumentos capazes de nos ajudar a viabilizar a tarefa de desconstruir o capitalismo e construir uma sociedade igualitária, de justiça e paz, o partido político de conteúdo anticapitalista é, sem dúvida, um instrumento importantíssimo. Entretanto, se algum partido, a exemplo do serrote, tornar-se imprestável à nossa tarefa, a única saída, após tentar consertar os seus defeitos e distorções, é descartá-lo completamente.
            Dessa forma o fundamental é a causa, os objetivos, e em segundo plano os instrumentos pertinentes a consecução desses objetivos. Os partidos ditos anticapitalistas, só merecem ser cultuados enquanto cumprirem o seu papel de instrumento fiel, levando às massas populares a denúncia do atual sistema socioeconômico e propondo a construção de uma sociedade sem classes e camadas sociais, uma sociedade socialista.