quarta-feira, 16 de novembro de 2011

PENA DE MORTE




            Mais uma vez, diante da violência crescente, foi feita uma pesquisa de opinião pública procurando saber se os brasileiros aprovariam ou não a pena de morte. A metade aprovou essa medida. Pretender diminuir a violência lançando mão de um expediente tão extremo como a pena de morte está errado. Países como os EUA em que grande parte do seu território adotaram e adotam a pena de morte não conseguiram resolver o problema da violência. Por sua vez, a questão que deve ser tratada com todo cuidado, está ligada ao fato de que a nossa sociedade capitalista é dividida entre ricos e pobres.
            Os ricos quando matam, roubam, esfolam têm para defendê-los os mais habilitados e prestigiados advogados e, dessa forma, muitos deles não chegam sequer a ser presos. Enquanto isso, os pobres, por não disporem de bons instrumentos de defesa, são condenados até mesmo inocentemente.
            Assistimos, frequentemente, aos vários programas policiais em que o apresentador, exibindo uma falsa valentia, mostra gente pobre em seus programas e os agride com palavras cruéis de acusação, praticando intoleráveis cenas de humilhação. Duvidamos que esses apresentadores, alguns deles até eleitos deputados, ergam a sua “bravura” contra bandidos da estirpe da quadrilha Sarney, do Sr. Paulo Maluf, Jader Barbalho, Michel Temer, Romero Jucá e de tantos importantes pilantras.
            Quando alguns desses criminosos de colarinho branco foram presos pela Polícia Federal e algemados, tiveram suas fotografias exibidas nos jornais, a própria presidente da república, a Sra. Dilma Rousseff, veio a público, indignada, censurar de forma veemente a Polícia Federal que havia algemado e exposto esses ricos senhores. A Sra. Dilma Rousseff, que um dia foi presa e torturada, não haverá de vir manifestar sua censura ao apresentador policial Luis Datena pelos seus gestos de pouco apreço pela massa do povo pobre.
            Pelo que foi posto, somos contra a pena de morte.


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