terça-feira, 23 de março de 2010

Fora o PACquinho

Temos dito, reiteradas vezes, que a burguesia tem sabido usar com muita eficiência seus truques e armadilhas. Um dos últimos truques do senhor Lula, para bem servir ao sistema capitalista, é o bombardeio que ele tem feito em torno de um presumido Plano de Aceleração do Crescimento - PAC. Os mais espertos perguntariam: crescimento para quem? Crescimento para a agroindústria? Para os grandes industriais? Para os grandes comerciantes? Ou para os bilionários banqueiros nacionais e internacionais?

É costumeiro a burguesia dizer que o Brasil esta crescendo, levando o povo mal informado imaginar que o crescimento do Brasil é o crescimento deles, do povo.

Ora, as terras, as fábricas, as minas, os grandes meios de transporte, os bancos, enfim, toda a riqueza, ou maior parte dela, está nos bolsos da grande burguesia. Ao povo restam migalhas. Moradia de péssima qualidade; transporte desconfortável, caro e inseguro; completa falta de segurança; serviço de saúde degradado e por aí vai a vidinha sofrida do nosso povo. Enquanto isso, a burguesia proclama que o Brasil é nosso e tenta fazer com que tenhamos orgulho de um Brasil que é muito mais deles do que do povo.

Só os tolos, e são muitos, é que acreditam nessa patacoada, nessa mentira desavergonhada. O Brasil é deles. Eles é que usufruem do bom e do melhor, enquanto ao povo trabalhador, a dona de casa, ao estudante, restam as penúrias da vida nossa de cada dia.

Na verdade, precisamos urgentemente de um PAC. Não dos PACquinhos eleitoreiros do senhor Lula e da senhora Dilma, mas de um PAC que seja explicitamente um Partido Anti-Capitalista. Esse é o verdadeiro PAC que precisamos e que seria uma organização legítima do povo e a única que poderia nos levar a que o Brasil com suas indústrias e seus grandes recursos naturais pudesse ser na verdade nosso. O resto é conversa fiada. É a eterna enganação e nesse papel de enganadores, a burguesia não está só. Ela conta com o empenho do PC do B, do PT, do PSB, do PV, do PDT, para falar apenas dos partidos que se dizem progressistas.

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