terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Além do dilema

O pensador e socialista alemão Friedrich Engels afirmou que o capitalismo trazia consigo um dilema: o socialismo ou o caos. Passados cerca de 40 anos de tal afirmação, a genial Rosa Luxemburgo, fazendo alusão ao que foi dito afirmou: “Engels, na sua luminosa inteligência soube revelar uma indiscutível verdade; acrescentaria: o socialismo ou a barbárie”. Hoje teremos, também, que fazer alusão ao que nos disse Karl Marx: o socialismo ou a tragédia total, o “apodrecimento da história.”

Além dessas alusões, que colocam às claras o fato da transformação social ser um determinismo histórico, o Sr. Karl Marx não deixou de tecer comentários sobre essa contingência, essa negação da eternidade, quando além das contradições postas haveria que se aludir àquilo que ele chamou de “apodrecimento da história”.

Trata-se de uma abordagem aparentemente equívoca, entretanto, o “apodrecimento da história”, corresponde à completa tragédia da humanidade, que pode se dar pela supremacia política do fundamentalismo religioso como é exemplo, o avançar do islamismo ou, através de outras formas, que terminarão impondo a cessão da própria vida como a conhecemos.

Situação bastante tensa! Beira-se o caos, beira-se a barbárie, beira-se o “apodrecimento da história” e isso não é produto de elucubrações, de conjecturas ou de pensamentos aparentemente insanos de um ou outro indivíduo.

Presumir a derrota não implica em se ser derrotista. Que fique claro! Não temos o objetivo de lançar o pânico. Ele viria naturalmente com a consciência da gravidade histórica hoje experimentada. Porém, junto ao pânico, poderia vir também, em acelerado galope, a esperança dos conscientes que tentam, esforçam-se, batalham, para chegar a tempo hábil de evitar que o mundo mergulhe numa tragédia total, e para isso só existe um caminho, só existe uma vereda: o socialismo.

Por fim, não confundamos determinismo com fatalismo. A vida traz consigo um determinismo: a morte. Esse mesmo determinismo não impede que ela seja em vários momentos postergada.





Um comentário:

  1. Gilvan,
    Um mundo com menos desigualdade é possível. Acredito que chegará ainda o dia que a população do mundo cansará desse regime capitalista e verá o quanto indivdualismo torna cada ser humano sozinho e infeliz. Daí o coletivo será a solução e cada um a seu jeito procurará construir um mundo mais solidário e adequado a natureza. Por que a natureza é perfeita e qualquer desequilíbrio(provocado pelo homem) estamos vendo os resultados atualmente. Por isso acredito no ser humano e esse mundo de menos desigualdade é possível.

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