sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Quem ganha é o melhor?

É voz corrente se dizer que o vitorioso é aquele que soma mais qualidades. Isso não é verdadeiro. Existem vários agentes que podem motivar uma vitória. Às vezes são questões de menor importância, mas que foram determinantes no resultado de um embate. Pela nossa cultura de brasileiros, quando tratamos de vitória, logo vem à memória as constantes disputas esportivas, particularmente, as que se dão em torno do futebol.

O cansaço de uma equipe, o desfalque de um jogador excelente, o fato de a partida ter se dado em campo do concorrente quando a torcida se fez presente e “jogou” como se fosse o camisa doze, tudo influencia no desempenho do jogo. Não podemos esquecer a velha arbitragem que, por incompetência ou má fé, tenha vindo contribuir para o resultado final da partida.

E assim seguem-se, quase inumeráveis, os motivos que podem levar a uma vitória. Quando se trata da questão política a situação torna-se muito mais grave. É costume se dizer que a versão da história, a versão dos fatos não é dada por quem perdeu. O vitorioso “faz a história” de acordo com as suas conveniências e nesse propósito lança mão de distorções, embustes, omissões, fantasias e outras cretinices, transformando-a em modelo de dignidade.

Uma das mais tenebrosas distorções de uma vitória foi praticada pelos bolcheviques russos em 1917. Os bolcheviques não se postaram como agentes do crime. Isso não! Aconteceu que os rumos da Revolução Russa foram tomando caminhos e determinando circunstâncias que a partir delas seguiu-se a trilha da mais horrenda mentira, quando tratamos de conhecer esse fenômeno histórico tão importante para a humanidade.

Urge fugir da cultura tipo: “mocinho e bandido”, ou seja, o velho maniqueísmo. Bandidos, heróis, mártires, bravos, traidores, se fizeram presentes nesse e noutros embates históricos. É preciso ter claro, entretanto, o que ou quais fatores foram determinantes aos rumos do embate e eles não estarão reduzidos a comportamentos morais como pretende a visão burguesa que imputa à vontade os rumos da história.

3 comentários:

  1. Ao
    Escritor e Mestre Gilvan Rocha,
    Professor Gilvan Rocha, meu nome é Amanda, tenho 16, moro em Caucaia, sou Estudante e uma profunda admiradora do Escritor, do Professor, do homem, do Mestre e sobre tudo da enorme firmeza do seu inabalável Caráter, embora não entendendo bem o caminho do Socialismo. O que tenho a dizer é o seguinte, os jovens deveriam acompanhar mais de perto os seus ensinamentos, vejo tudo isso, como algo indispensável para transformar o mundo em que vivemos. O PSOL está de parabéns, por contar com um homem tão sábio e tão nobre em suas fileiras.

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  2. Professor Gilvan, meu nome é Amanda não estou declarando isto de forma anônima, foi um erro meu. Grato, Amanda Martins.

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  3. Uma agremiação pardidária que tem a honra de contar com Camaradas com o perfil de Gilvan Rocha, Renato Roseno,Toinha Rocha,Soraya Tupinambá, Moésio Mota, Plínio de Arruda Sampaio e tantos outros(a) valorosos(a)guerreiros(a)do Socialismo é muito gratificante ser uma simples simpatizante.

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