segunda-feira, 12 de abril de 2010

Plinio Presidente!

Não é que se tenha esperanças no processo eleitoral. Quem conhece a historia, bem sabe que governos vão e vêm e as mazelas sociais continuam. Mas a campanha eleitoral é um momento em que podemos abrir uma discussão em torno do caráter perverso do sistema capitalista. É hora de chamar o povo trabalhador, a dona de casa, o estudante para abrir os olhos e ver que as querelas e o bate boca entre candidatos, não diz respeito aos verdadeiros interesses da grande massa popular. Isso deve ficar bem claro para todos nós.
Para as eleições presidenciais deste ano teremos na candidatura de Plinio de Arruda Sampaio a grande oportunidade de praticar o voto de protesto, o voto consciente. Teremos a oportunidade de dizer que no capitalismo só é possível ao povo ter, no máximo, salários menos ruins, transportes menos ruins, saúde menos ruim, educação menus ruim, moradia menos ruim... A boa escola, saúde de qualidade e outros tantos direitos e muitos privilégios são destinados unicamente à burguesia. Assim, entra governo e sai governo e a historia continua a mesma. Portanto, devemos denunciar esse fato e, como já dissemos, a campanha eleitoral pode se tornar uma ótima oportunidade para isso.
Plinio de Arruda Sampaio é um socialista revolucionário. É um homem que tem historia e coerência. É, explicitamente, anticapitalista e essa é uma grande razão para nos juntarmos em torno do seu nome para Presidente, muito embora saibamos que uma candidatura dessa natureza deva enfrentar muitos obstáculos a começar pelo exíguo tempo que disporá na televisão. Enfrentaremos, porém, esses obstáculos. Iremos de estado por estado, de cidade por cidade, de bairro por bairro, de casa por casa, conversar com o povo e convidá-lo, para nessas eleições, abrir os olhos e enxergar o fato de que há uma diferença estrondosa entre os nossos candidatos e os outros que não passam de serviçais do sistema capitalista.
Mas não basta votar em Plinio para Presidente. O nosso voto, o voto consciente, deve se estender aos nossos candidatos aos cargos legislativos. Devemos marcar o numero 50, que é o numero do Partido Socialismo e Liberdade (P-SOL), de cima a baixo

2 comentários:

  1. Lula capitulou?
    Às vezes chego a pensar tratar-se de atualização da velha tese do PCB, pela qual era indispensável, primeiro, uma revolução burguesa, a representação formal, o desenvolvimento até amadurecer das forças produtivas, para, aí sim, alcançar-se o socialismo, porquanto dadas estariam as condições objetivas para superar o regime da propriedade.
    Conhecer, a História, entretanto, é útil. Nessas horas ela nos esclarece expondo a habilidade do capitalismo, sua capacidade de renovar-se. Demonstra como é uma prática de um regime de crise, que vive da exploração do conflito permanente entre capital e trabalho.
    Já ficou claro que o fim do regime da propriedade só é possível mediante a revolução. Reformas, ainda que numa perspectiva estrutural, alcançarão, no máximo, uma espécie de Estado do bem-estar social, nos termos exatos do que é possível em um capitalismo dependente como o nosso.
    O problema é objetivo: na ausência da solução adequada, qual a correlação de forças mais apta, dentre às expostas na disputa eleitoral, a aproximar um esforço por reformas de uma experiência de caráter socialista?
    Uma boa pauta são os megaeventos, aproveitar a copa e as olimpíadas e indagar do aproveitamento da melhor produção relativamente à questão urbana, vinda justo dos movimentos sociais organizados, particularmente, no caso do Rio, do ‘Observatório de Favelas”.
    No Forum Social urbano, aqui recente, o Observatório condenou a política de assepsia urbana, voltada para a preparação da “cidade-empresa”, espaço citadino limpo e preparado para a exposição e venda das marcas e mercadorias associadas ao evento.
    Uma oportunidade excelente, como se vê. Ao invés de uma comissão de negócios, um comitê de gestão efetivamente público, abrindo o Estado à participação e deliberação dos movimentos sociais organizados.
    Apresenta-se com clareza, tanto na copa quanto nas olimpíadas, a possibilidade de avançar um ensaio (precedido agora de um debate a respeito, a fim de se ver quem é quem, nesta disputa eleitoral) de uma democracia mais direta.
    Um abraço
    Antônio Máximo / desenhista e estudante de História / UERJ / www.vilaisabel28.blogspot.com
    Vila Isabel - RJ

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  2. Assim diz o capitalismo: "O trabalho dignifica o homem". Coerção! Não será digno se não trabalhar?Abrir os olhos da população, para um voto consciente. Sim, evidente. Mas que seja, primeiramente, um abrir de olhos anárquico, para que com esse desprendimento da coerção, possam analisar as várias faces do sistema que ora se apresenta, e que ora será apresentado. E depois quais as consequencias que virão. Lembro do nosso querido presidente e os seus planos, quando ainda o PT engatinhava. Sempre tão esquerdista, exceto quando assumiu governo. Culpa própria? Julgo que não. Mas ele que não dançasse conforme a música da elite brasileira. Abrir os olhos do povo? Sim, evidente, mas que estejam preparados para arrancar do peito o grito de basta, desta escravidão disfarçada, onde os muitos vivem de orações enquanto poucos deleitam-se com um lugar privilegiado ao sol. Que estejam preparados para uma revolução, em vez de se preocuparem com a cerveja e o futebol. Que estejam preparados não para desenvolver o socialismo - ele já existe - mas para inflamá-lo ao ponto de expulsar esse nosso capitalismo. Que estejam preparados para se transformarem em gente de verdade.

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