quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A ELEIÇÃO DE OBAMA


A ELEIÇÃO DE OBAMA
            O capitalismo, apesar de exaurido, exerce uma hegemonia política quase absoluta, em escala mundial. Não existem movimentos anticapitalistas que mereçam ser citados. Ontem, 06/11/2012, tivemos uma renhida disputa eleitoral nos EUA. Disputavam duas grandes correntes políticas: uma de extrema direita, representada pelo Partido Republicano e outra de direita moderada, representada pelo Partido Democrático.
            O extremo direitismo dos republicanos, vai tão longe que eles, em campanha, não se cansavam de acusar Barack Obama de socialista e, até mesmo de bolchevique. Assim faziam porque as massas populares norte americanas, foram ganhas, política e ideologicamente, para o mais ferrenho e obstinado anticomunismo. Para esse trabalho de lavagem cerebral foi de grande importância a contribuição que deu o stalinismo-trotskismo, quando de forma equivocada, negou-se reconhecer em tempo hábil, a derrota da revolução socialista em escala mundial e, especificamente, na própria Rússia.
            Usando, indevidamente, o carimbo de “marxismo-leninismo”, ou mesmo de “marxismo-leninismo- trotskismo”, esses senhores se negaram a ver que ao invés de socialismo o que se construía na URSS era o capitalismo de Estado, com as todas suas desastrosas consequências.
            Diante desse quadro, sumamente desastroso, a burguesia internacional, após criar um cordão de segurança anticomunista, através da implantação dos chamados Estados de Bem Estar Social, levou avante, um eficaz trabalho de propaganda, expondo o totalitarismo praticado naqueles países que compunham um pretenso mundo  socialista. Fieis as resoluções tomadas no X Congresso do Partido Comunista russo em 1921, os marxistas-leninistas-trotskistas, levaram até as últimas consequências, a completa supressão do livre debate, a imposição do partido único, enfim, o Estado policial. Diante disso, espertamente, as forças políticas do capitalismo exibiam aquele quadro como decorrência natural e imperativa do movimento socialista, e contra aqueles absurdos, eles exibiam a democracia burguesa amplamente exercitada nos países capitalistas avançados como os Estados Unidos, a Europa Ocidental e o Japão, isso após a Segunda Grande Guerra.
            Ninguém fez tanto pelo “anticomunismo” como esses longos anos de stalinismo e aí está, o mais avançado país capitalista, acerbamente dividido entre uma direita fascista e outra moderada, como bem retrata a eleição de Barack Obama.

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