sexta-feira, 18 de junho de 2010

“Os cassetetes da prefeita”

Em Fortaleza, os trabalhadores dos transportes coletivos estão em greve. No transcurso dessa greve, têm-se promovido algumas manifestações, como forma de legítima pressão no sentido de que a classe patronal aceite as reivindicações. Em uma dessas mobilizações, os trabalhadores foram reprimidos pela Guarda Municipal que ministrou seus golpes de cassetetes e sprays de pimenta com o objetivo de dispersar a manifestação.
Ora, como se sabe a prefeita de Fortaleza acumula também, a função de presidente do Partido dos Trabalhadores. Mas de que lado ela está? Do lado dos trabalhadores, ou como guardiã dos interesses da “ordem pública” que, em última instância, trata-se da ordem capitalista? Na condição de prefeita ela tem a função de dirigente do aparelho de Estado na sua forma municipal. Mas o Estado, diferente do que é dito, não é neutro diante da sociedade dividida em classes. O Estado é, isso sim, um instrumento em defesa dos interesses de uma só classe. No capitalismo temos o estado burguês, ou seja, um aparato a serviço da burguesia.
Assim como a prefeita, em termos locais, o Presidente da República tem a função de garantir os interesses das classes capitalistas e assegurar a “paz social” para que eles usufruam, sem atropelos, os seus vultosos lucros. Em escala nacional tais conflitos têm sido minimizados pela política de cooptação das Centrais sindicais e estudantis levada a cabo pelo atual presidente a troco de polpudas verbas.
Como pudemos observar, tudo é uma questão de escolha. Os partidos que optam pelo gerenciamento do capitalismo seja em nível paroquial, provinciano ou nacional, ele terá, forçosamente, que estar disposto a manter a “ordem” e, portanto, empunhar sprays, cassetetes, bombas de gás lacrimogêneo, jatos d’água e outras formas usuais de repressão, além de efetuar prisões. Não dá para servir a dois senhores. Quem pretende servir à burguesia e aos trabalhadores, regra geral, termina por servir aos primeiros enganando a massa do povo.

3 comentários:

  1. A ex-Senadora Luiza Helena dirigente maior do PSOL, não deu um bom exemplo de democracia. Publicamente fez manifestação contra a maior reserva moral do Partido, Plínio de Arruda Sampaio. Isso poderá no futuro surgir um Partido com sua Identidade fundamentada no puro Socialismo Cientifico sob o comando de Plínio e outros.

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  2. Para se comandar um Partido Politico com o perfil ideológico do PSOL, se faz necessário respeitar a vontade da maioria. Ninguém é dono da verdade, até por essa razão, não deveria a candidatura do Plínio de Arruda Sampaio, sofrer por parte da figura maior do Partido declarações no mínimo infeliz. Apenas para maior clareza desse posição, quero dizer que não sou filiado ao PSOL, sou apenas um eleitor do Plínio.

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  3. O PSOL, nesse momento de extrema pobreza ideológica deveria através dos seus militantes não se preocupar em eleger essa ou aquela pessoa no campo majoritário. Acha que a maior contribuição que o Partido poderia nos proporcionar seria levar aos trabalhadores de todos os setores da sociedade uma mensagem esclarecedora, do capital e trabalho. Quem seria a figura principal para isso? Plínio de Arruda Sampaio e os demais candidatos com visão de uma sociedade verdadeiramente socialista.

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