terça-feira, 9 de novembro de 2010

Mais imposto

A carga tributária no Brasil é tida como extorsiva. Muito tem se falado na urgência em se promover uma ampla reforma tributária que nos leve a pagar menos impostos. Essa tão propalada reforma tem sido permanentemente adiada. Enquanto se paga tantos impostos, os chamados “serviços públicos” tem-se apresentado muito abaixo da crítica. Temos uma escola de péssima qualidade. A saúde pública se arrasta numa profunda crise. A malha viária encontra-se em condições precárias. Os investimentos infra-estruturais estão bem aquém das demandas que o próprio crescimento do capitalismo exige, como são exemplos, os portos e aeroportos, para não se falar da necessidade de investimentos na produção de energia, principalmente as chamadas energias limpas, como são a energia eólica e solar.
Apesar da exorbitante carga tributária e o clamor para que se promova uma diminuição dos impostos, o que estamos assistindo é, mal passadas as eleições, vicejar a proposta de restabelecimento da CPMF, conhecida popularmente como o “imposto do cheque” que havia sido extinto.
Um dos grandes defensores desse aumento de imposto é o palanqueiro Luis Inácio Lula da Silva, que, para não se expor, como patrono de tal medida, vem se utilizando de governadores recém eleitos, particularmente os do PSB, para viabilizar a proposta de se recriar o velho “imposto do cheque”.
Por essas e outras razões, fica demonstrado que o sistema capitalista se rege pela fraude, pela mentira, pelo engodo. Durante a campanha eleitoral, para além das baixarias, nenhuma proposta ou idéia que pudesse parecer impopular foi levantada pela maioria dos candidatos. Ao contrário, explorou-se com bastante hipocrisia, a religiosidade popular, tendo os dois principais candidatos, Dilma e Serra, se apresentado como fervorosos devotos, num deprimente comportamento demagógico.
Agora, vão-se os santos, vão-se as orações, os benditos e vêm os demônios e o primeiro deles a se apresentar é, com toda certeza, a indecorosa proposta de aumento de imposto.

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