sexta-feira, 26 de agosto de 2011

FAXINA? QUE FAXINA?

Em pouco tempo de governo, a presidente Dilma foi obrigada a afastar três ministros por corrupção. Além dos ministros, vários membros do alto escalão foram presos e tiveram que ser afastados, mesmo a contra gosto do governo e dos partidos de sua base de sustentação. Esses fatos levaram a que se atribuísse à presidente a função de faxineira. Mesmo dispondo de toda a água, de todo o sabão, de todas as vassouras existentes, seria impossível promover uma verdadeira faxina no governo, tamanha é a herança de roubalheiras e falcatruas. Além disso, a Sra. Dilma se recusa claramente a promover atos de moralização uma vez que suas atitudes desagradam os partidos que lhe apóiam no Congresso Nacional. Por essa razão, ela se nega a demitir outros ministros envolvidos em falcatruas.

Vejamos como é diferente, no capitalismo, o tratamento dispensado a ladrões pobres e a ladrões ricos. Aos pobres é dispensado todo o rigor da lei e todo tipo de arbitrariedade que vai da tortura à exposição humilhante, levada a cabo pelos inúmeros programas policiais de alta audiência. Quanto aos ladrões ricos, são tratados com todos os mimos. É proibido contra eles usar algemas e mais ainda, expô-los diante do público. São muitos os ladrões ricos que gozam de todos os privilégios e mantêm-se longe do braço curto da justiça, quando se trata de punir pessoas bem sucedidas e endinheiradas. Essa impunidade é bem maior quando os larápios ricos estão abrigados no guarda-chuva dos inúmeros cargos políticos.

Essas circunstâncias, ou melhor, essa realidade deve nos levar à mais profunda indignação. Assim sendo, o nosso silêncio, a nossa quietude é inadmissível. É necessário, é urgente que o povo trabalhador, a dona de casa, a juventude, a população dos excluídos levantem a sua voz, ganhem as praças e as ruas e façam ouvir o seu clamar de repúdio a tantas bandalheiras que não chegam a ser surpresa quando sabemos ser o governo atual fruto da escabrosa coligação PT-PMDB, partidos coniventes e praticantes de toda sorte de irregularidades.

Um comentário:

  1. Você diz ¨O novo secretário pegou o trem andando e, por essa razão, não pesa sobre ele a responsabilidade dos demais.¨ O próprio O Povo de 06.08.2011, diz: Camilo chegou a assinar, já em fevereiro, o segundo aditivo do convênio entre a pasta pela qual responde e a Associação Cultural de Pindoretama, um dos municípios em que os banheiros deveriam ter sido construídos mas não foram encontrados pela reportagem do O POVO. Ouvido ontem pelos promotores Luiz Alcântara e Marcelo Pires e pelo procurador Benon Linhares, Camilo teria justificado a assinatura do aditivo afirmando ter recebido pareceres dos setores técnicos e jurídicos da Secretaria das Cidades atestando que o convênio em Pindoretama estava regular. Contra fatos não há argumentos, e outra, como é que um Secretário de Estado assina a prorrogação do contrato de um convênio, liberando 400mil e prorrogando sua vigência, sem antes averiguar a prestação de contas?

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