terça-feira, 10 de abril de 2012

PARA QUE LUTEMOS



Nossa vida é feita de múltiplas lutas. Luta por um emprego, por melhores condições de trabalho, por melhor remuneração, por bons transportes, por moradias, por segurança, por um bom serviço de saúde e assim vai, uma lista infinda de batalhas, sendo a nós reservado pequenos momentos de paz. Alguém já disse: “viver é lutar”, mas é necessário que se diga ser condição principal para o nosso êxito termos clareza da natureza dos nossos inimigos, termos consciência da causa de nossas batalhas infindas.
A grosso modo, achamos que emprego, educação, saúde, segurança, bem-estar, decorrem da conduta dos governos, sejam eles em nível municipal, estadual ou federal. Esse é o “saber” corrente. Precisamos, porém, nos dar conta de que por trás desses governos existe um sistema socioeconômico que responde pelo nome de capitalismo, e é ele sim, que produz tantas e quantas mazelas sociais que nós padecemos. Ele é o inimigo do povo, e o povo só terá justiça e paz quando desconstruí-lo. Portanto, a luta cotidiana, seja por salário ou por emprego, seja por segurança ou por boa escola, deve ser travada sem descanso. Mas, é fundamental saber que essas batalhas não serão vencidas pelo povo caso não derrotemos o sistema capitalista. Daí a justeza em se dizer que, ou a humanidade destrói o capitalismo ou o capitalismo destruirá a humanidade.
Infelizmente essa lição tão importante, que todo trabalhador, toda dona de casa, todo jovem deviam saber nos é escondida, posta para baixo do tapete, como única forma do sistema capitalista se manter de pé. Para eles, os burgueses, é fundamental que ao invés dos trabalhadores, do povo em geral, se colocar contra o capitalismo, é preferível que se volte contra o prefeito, contra o governador, ou o presidente de plantão, contanto que não diga uma palavra contra o próprio sistema. Desse modo, os governos vão e vêm, e o capitalismo permanece de pé. Enquanto isso, os partidos ditos comunistas e socialistas não se empenham em impopularizar o capitalismo, preferindo as demagogias eleitorais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário