quarta-feira, 5 de junho de 2013

Estabelecer diferenças



            Um dos princípios elementares na formação do conhecimento, é estabelecer diferenças. O grande, do pequeno; o quente, do frio; o claro, do escuro; o rápido, do lento; o velho, do novo. Aquele que não seja apto a estabelecer diferenças é, mentalmente, incapaz.
            Em uma fala, afirmamos, certa vez, que a condição de opressão da mulher no Oriente é muito mais profunda do que no Ocidente, ressaltando o comportamento do islamismo, quando setores impedem o sexo feminino de ter o direito elementar de se alfabetizar. Por sua vez, países regidos pelo islamismo fascista, chegam ao cúmulo de impedir que mulheres possam dirigir automóveis. O Irã, por exemplo, Estado teocrático e fascista, ainda conserva nos seus preceitos penais, o castigo do apedrejamento para a mulher adúltera.
            Na China, país não islâmico, outrora se impunha que as mulheres deformassem os seus pés, pois lhe era exigido que esse membro do corpo feminino fosse contido em seu natural crescimento.  Ainda hoje, ali, a filha mulher é mal recebida pela própria família, por considerá-la um ser inferior ao homem. Na Índia, também não islâmica, observa-se o maior índice de estupros e outras barbaridades cometidas contra a mulher.
            Apesar de constatarmos que a mulher no Oriente sofre uma carga opressiva e criminosa, muito mais acentuada do que as observadas no Ocidente, ressaltamos que isso não implica em dizer que a mulher ocidental desfrute de um grau de emancipação que a impeça de ser objeto de discriminações e opressões.
            Não obstante isso, diante do fato de dizer-se que havia uma diferença gradual, isto é, não essencial, entre os dois mundos, Oriente e Ocidente, em relação às mulheres, um grupo de jovens feministas protestou, com veemência, dizendo não enxergar tais diferenças, pois considerava tanto a mulher oriental como a ocidental, seres injustamente oprimidos.
            Uma outra jovem, do mesmo grupo, chegou a dizer, pretendendo refutar o argumento de que as diferenças existem e são evidentes, não enxergar que houvesse distinção entre o trabalhador escravo, o servo da gleba e o operário, pois todos eles eram explorados.

            Essa postura não se presta a que possamos ter uma avaliação correta e consequente da realidade, pois como já dissemos, a impossibilidade de ver as diversidades, sejam elas materiais, sociais, ou políticas, nos leva a práticas equivocadas.

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