Um dos princípios elementares na
formação do conhecimento, é estabelecer diferenças. O grande, do pequeno; o
quente, do frio; o claro, do escuro; o rápido, do lento; o velho, do novo.
Aquele que não seja apto a estabelecer diferenças é, mentalmente, incapaz.
Em uma fala, afirmamos, certa vez,
que a condição de opressão da mulher no Oriente é muito mais profunda do que no
Ocidente, ressaltando o comportamento do islamismo, quando setores impedem o
sexo feminino de ter o direito elementar de se alfabetizar. Por sua vez, países
regidos pelo islamismo fascista, chegam ao cúmulo de impedir que mulheres
possam dirigir automóveis. O Irã, por exemplo, Estado teocrático e fascista,
ainda conserva nos seus preceitos penais, o castigo do apedrejamento para a
mulher adúltera.
Na China, país não islâmico, outrora
se impunha que as mulheres deformassem os seus pés, pois lhe era exigido que
esse membro do corpo feminino fosse contido em seu natural crescimento. Ainda hoje, ali, a filha mulher é mal
recebida pela própria família, por considerá-la um ser inferior ao homem. Na
Índia, também não islâmica, observa-se o maior índice de estupros e outras barbaridades
cometidas contra a mulher.
Apesar de constatarmos que a mulher
no Oriente sofre uma carga opressiva e criminosa, muito mais acentuada do que
as observadas no Ocidente, ressaltamos que isso não implica em dizer que a
mulher ocidental desfrute de um grau de emancipação que a impeça de ser objeto
de discriminações e opressões.
Não obstante isso, diante do fato de
dizer-se que havia uma diferença gradual, isto é, não essencial, entre os dois
mundos, Oriente e Ocidente, em relação às mulheres, um grupo de jovens
feministas protestou, com veemência, dizendo não enxergar tais diferenças, pois
considerava tanto a mulher oriental como a ocidental, seres injustamente
oprimidos.
Uma outra jovem, do mesmo grupo,
chegou a dizer, pretendendo refutar o argumento de que as diferenças existem e
são evidentes, não enxergar que houvesse distinção entre o trabalhador escravo,
o servo da gleba e o operário, pois todos eles eram explorados.
Essa postura não se presta a que possamos
ter uma avaliação correta e consequente da realidade, pois como já dissemos, a
impossibilidade de ver as diversidades, sejam elas materiais, sociais, ou
políticas, nos leva a práticas equivocadas.
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