sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dois projetos?

A esquerda francamente direitosa representada pelo PT, PSB e PCdoB esforça-se por fazer crer que no pleito eleitoral que se avizinha, outubro de 2010, estarão em disputa dois projetos. Um projeto de direita e outro projeto indevidamente chamado de esquerda. Isso é uma bela mentira, se é que a mentira pode ser bela, pois desde o lançamento do plano real no governo Itamar, foi instalada uma política econômica e financeira que sobreviveu a todos os governos e se propõe a sobreviver através das candidaturas postas: José Serra, Dilma Rousselff e Marina Silva .
É bom esclarecer, que Lula, antes de ser eleito, deixou bem claro através de um documento chamado de CARTA AO POVO BRASILEIRO, que respeitaria a política econômica de FHC. Com isso ele procurava tranquilizar os grandes industriais, o agronegócio e especialmente os banqueiros. Prometeu e cumpriu zelosamente. Manteve os pilares da política econômica lançada desde o governo Itamar Franco.
Dizer que o governo de Luis Inácio Lula da Silva representou um avanço é cometer uma idiotice. O Brasil atual ocupa vergonhosamente o nono lugar entre os países de maior nível de desigualdade social na América Latina. A realidade sócio-econômica que vivemos repousa no fato de existirem, fundamentalmente, duas classes sociais com interesses antagônicos e inconciliáveis: a burguesia e os trabalhadores. É impossível servir a dois senhores. Na verdade, Lula serviu e serve muito bem ao grande capital enquanto engana o povo com medidas populistas financiando a miséria através do Bolsa Família que bem serve ao capitalismo pois evita tensões sociais enquanto pratica uma política de engessamento dos movimentos populares às custas do erário, mantendo as centrais sindicais e centrais estudantis no mais profundo imobilismo.
Não foi à toa que Barak Obama definiu Lula como “o cara”. Não foi sem razão que os representantes mundiais do grande capital resolveram agraciar Lula como o político do ano em 2009. Tudo isso é um reconhecimento de que o metalúrgico Lula tornou-se um precioso quadro a serviço do capitalismo, assim com o seu colega, o metalúrgico polonês Lesh Valessa, fez em seu país.

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