terça-feira, 16 de novembro de 2010

O ENEM levou bomba

Pela segunda vez consecutiva, o tão bem concebido programa do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, levou bomba. Elaborado para avaliar o desempenho do Ensino Médio ele transformado em concurso seletivo para ingresso em instituições de ensino superior. Entretanto, pelo seu gigantismo, uma vez que envolve milhões de candidatos no Brasil inteiro, esse exame vem se mostrando difícil de ser administrado a contento e florescem tropeços e irregularidades.
O ENEM de 2010, apresentou erros na confecção das provas e revelou o despreparo dos fiscais em dirimir as dúvidas suscitadas. Constatados os erros, o Presidente Lula, como emérito palanqueiro, dotado de uma leviandade a toda prova, pronunciou-se: “o ENEM ocorreu com absoluto êxito”. Ora, ou o Presidente não compreende o que significa a palavra “absoluto”, que corresponde a total, ou pouca importância dá a uma questão tão séria, refutando de pronto denúncias tão evidentes. Menos de vinte e quatro horas depois, sua excelência, o Presidente, com o mesmo tom teatral de sempre, próprio dos animadores de auditórios, passou a dizer que, se necessário fosse, se faria um, dois, três... ENEM's.
Não foi somente diante de tão escandaloso episódio que se revelou a completa incompetência do governo. Em muitos casos, de gravidade semelhante ou maior, Lula da Silva deu mostras de sua leviandade e de suas permanentes bravatas.
Para ilustrar o comportamento leviano que chega às raias da irresponsabilidade, citemos o episódio em que o Tribunal de Contas da União – TCU ordenou a suspensão de obras, principalmente do Programa de Aceleração Crescimento – PAC, que apresentavam múltiplas e gritantes irregularidades, e ele, Luis Inácio da Silva, fazendo pouco caso da decisão daquele órgão, ordenou que as obras apontadas como irregulares, continuassem. Por sinal, em vários momentos, o “nosso mandatário maior” revelou pouco apreço pelas chamadas “instituições republicanas”, como foram exemplo as sucessivas punições que lhe aplicou o Tribunal Superior Eleitoral e ele “deu de ombros”.

Um comentário:

  1. Caro Gilvan, aqui pra nós há um certo exagero nessa "completa incompetência do governo" quando se constatam 3 mil erros em um universo de mais de 3 milhões. Concordo quando você aponta a forma "palanqueira" com a qual Lula abordou a questão. Talvez a solução seja "quebrar" em vários Enem's o que, por si só, não garante que não haverá problemas. Há quem já tenha sugerido uma investigação: afinal se a matriz foi aprovada que diabos ocorreu no processo gráfico para provocar essa quizumba toda. Parece sabotagem, né verdade?

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