sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A queda do “Império”

Há um repúdio geral ao imperialismo ianque. Muitas manifestações em todo o mundo terminam com a queima da bandeira norte americana. Muitos torcem pela queda do “Império”. Seria, porém, essa queda o necessário advento do socialismo? Absolutamente não!
Queremos o fim do capitalismo, entretanto, não é sensato querer que isso aconteça por razão única de suas contradições. Isso poderá redundar no fim da própria raça humana. Queremos a superação do capitalismo por uma nova ordem econômica e social. Mas isso não é uma decorrência natural, uma fatalidade, “coisa tão certa como o nascer do sol”, como diziam os velhos “marxistas-leninistas” formadas na malfada escola do stalinismo.
O socialismo é, tão somente, uma probabilidade que, para se tornar realidade, necessita de força política para se impor. A simples queda do capitalismo em função de suas insanáveis contradições não é o que interessa à humanidade. Não é, assim, qualquer oposição ao imperialismo que nos interessará, muito menos uma oposição levada a cabo pelo fundamentalismo teocrático de Osama Bin Laden, da Síria, ou do Irã.
Por outro lado, não é verdade que o capitalismo possa ruir a partir de movimentos revolucionários circunscritos à periferia do sistema. A história nos ensina que revoluções de caráter socialista empreendidas na periferia do capitalismo foram por ele absorvidas. Uma possível vitória do socialismo terá que passar, necessariamente pela 5ª Avenida (USA), pelo Arco do Triunfo (França) e pela torre do Big Beng (Inglaterra), caso contrário, as vitórias se converterão, como ocorreu, em derrotas.
Repitamos: o socialismo só será vitorioso se dispuser de força política para sê-lo. Nada adianta ficarmos querendo ver o desmoronamento desse sistema exaurido pelas telinhas de nossas televisões, torcendo alegremente, diante de sucessivos episódios que lhe causem constrangimentos ou mesmo derrotas circunstanciais. Isso é o varejo. No atacado o sistema permanece e tende a se manter até que suas contradições o destruam.

3 comentários:

  1. Bom Dia Gilvan!
    Se o meu Mano e Companheiro estivesse ainda na conta dos vivos ("vivos" em bom sentido) diria que Voce, em grande parte, tem "as suas razões). Respeito e Discordo também, em parte.Não tenho vocacão de Tribunal Inquisidor. Continue escrevendo e ofereca suas idéias a quem tenha ouvidos para escutá-las. Aprender é mais difícil e complicado...
    Agora a minha parte: Socialismo não é "passe de mágica" dizia já o Velho Joãozinho lá do Pirambu ali perto do Curral. E tinha razão!
    Fraternalmente,
    Irmão do Zézé (o Alencar amigo do Tarcisio e do
    Aquino).

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  2. Gilvan,

    A esquerda nacional é algo que merece um profundo estudo, hoje vejo que o pragmatismo do PT, inspirado nas posições Trotskistas, se mostrou com reais resultados...
    Mal grado a todas as esquerdas, a única que vingou neste Brasil foi a do "paz & amor", o restante ficou no papel.

    Congratulações e cordial Abraço

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