quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ELA DISSE...



ELA DISSE...
            Apesar de estarmos bastante calejados com os grandes desvios políticos praticados nesses últimos noventa anos de hegemonia stalinista, confessamos ter ficado   um tanto estupefatos quando ela disse: “Nós, que compomos a coligação PT, PCdoB e outros agregados, em nome da esquerda, fizemos uma opção pelos pobres.”
            Isso foi dito diretamente nas telas da televisão, tendo como ouvintes os moradores da cidade de Fortaleza. Nada existe de original na frase da prefeita Luiziane Lins, em afirmar sua opção pelos pobres. Essa opção já foi assumida há milhares de anos pela Santa Madre Igreja.
            Optar pelos pobres significa buscar formas de gerenciar a pobreza e torná-la menos aflitiva. É isso, justamente, que faz a Santa Madre Igreja sob a inspiração do Divino Espírito Santo. Ela não se propõe a erradicar a pobreza e a miséria e sim, a mitigá-la. E assim tem sido, durante esses mais de dois milênios, quando ricos continuaram cada vez mais ricos e pobres e miseráveis cada vez mais carentes. Enquanto os cristãos dispensam aos pobres a sua caridade, os socialistas, mais precisamente, os marxistas, se propõem a erradicar a pobreza e construir um mundo onde possa reinar, por conseguinte, a igualdade econômica e social, berço único da justiça, da paz e do amor.
             Numa manobra, muito ardilosa, os cardeais da Santa Madre Igreja prometem também esse reino de justiça, porém, não esquecem de deixar claro que tal reino só poderá existir após a morte. O que é o céu dos cardeais, se não o comunismo, do ponto de vista cristão? Aproveitando esses arremedos, essas fantasias, essas lendas e mentiras, vêm agora os militantes de uma chamada DEMOCRACIA SOCIALISTA, em nome de migalhas, aderir ao discurso fraudulento da burguesia quando diz: “ cuidar dos pobres como Lula ensinou.”
            Por essas e tantas razões, é que clamamos pela necessidade premente de desconstruir a esquerda direitosa, linha auxiliar de sustentação do capitalismo, ao mesmo tempo, que haveremos de nos empenhar em edificar uma outra esquerda, uma esquerda realmente revolucionária, cujo real objetivo, é o de desfazer os mentirosos discursos correntes, alimentados pela burguesia, no seu natural papel de enganar, e pela esquerda direitosa que, a troco de alguns quinhões se presta ao trabalho de manter o capitalismo de pé até a tragédia total.

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