segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

“Marighella”, o Livro.





            Recomendamos a leitura do livro Marighella, escrito pelo jornalista, Mario Magalhães. Trata-se de uma obra de fôlego. Um trabalho monumental de pesquisa e o mais importante: dotado da mais profunda honestidade intelectual.
             Lendo essa obra, vamos nos inteirar de vários fatos constitutivos da nossa História Política em uma determinada quadra, que vai dos anos 30 do século passado, até os nossos dias.
            É comovente testemunhar o quanto de militantes, de inestimável valor moral e de compromisso político, foram sacrificados durante todo o período abordado pelo autor do aludido livro. Pessoas de fibra, determinação e de certa qualificação intelectual, enveredaram pelos caminhos traçados pela Terceira Internacional Comunista que passou a agitar bandeiras estranhas à causa socialista, uma vez que defendiam posições políticas de caráter nacional-reformista, ou social patriota.
            Essa legião de heróis, movidos pela boa fé, verdadeiros beatos de um determinado credo, não mediram esforços para se levantar contra aquilo que era considerado nocivo, aos presumidos interesses do Brasil e não da classe.
             O nacionalismo foi obra do stalinismo, que através da malfadada Academia de Ciências da URSS, substituiu o princípio da luta de classe pelo “princípio” de nações opressoras versus nações oprimidas. Os militantes, ditos comunistas, deixaram de lado o anticapitalismo para assumir posições patrióticas e em nome delas, não hesitaram em sacrificar as suas vidas ou enfrentar as câmaras de tortura ou o exílio.
            O livro, em pauta, nos ensina muito da História e nos permite ter em vista os fatos relatados e evitar de cometer os tantos erros e equívocos que orientaram aquela brava militância, dentro dos quais se destaca a figura de Carlos Marighella e do seu entorno, registrando-se a participação heróica de figuras como: Mario Alves, Joaquim Câmara, Apolônio Carvalho, Davi Capistrano, Graciliano Ramos e o criminosamente caluniado, porém, bravo e digno companheiro, Hermínio Sacheta, com quem tivemos uma breve convivência militante no MCI. Por essas razões, a leitura que recomendamos torna-se bastante pertinente.


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