segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Que horror!




            Telefonamos para um companheiro de São Paulo, as vésperas do carnaval, e perguntamos se ele ia festejar o “Rei Momo”. Ficamos horrorizados com a sua resposta: “Irei participar do bloco Unidos contra o Império, organizado pelos comunistas”.
            Os longos anos de total hegemonia política do stalinismo, serviram para produzir essa excrescência política que responde pelo nome de antiamericanismo. Expliquemos melhor: O stalinismo, produto da derrota da revolução socialista, em escala mundial, substituiu o princípio da luta de classes pela presumida contradição maior entre nações opressoras e nações oprimidas. Lançando mão da malfadada Academia de Ciências da URSS, com os seus manuais, e da Terceira Internacional, como instrumento da política soviética, foi imposto ao mundo um conceito totalmente distorcido de imperialismo, esquecendo que o imperialismo, como “fase superior do capitalismo” é decorrência do processo de desenvolvimento do sistema socioeconômico aludido.
            O imperialismo é EUA, Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Espanha, Bélgica, Japão... ou seja, imperialismo é a conjunção das corporações que atravessam fronteiras e determinam seus interesses em todos os recantos do mundo. Ao invés dessa compreensão, estabeleceu-se que imperialismo é tão somente os Estados Unidos. Isso porque, como nação mais apetrechada militarmente e de maior peso econômico, prestou-se a servir de gendarme do imperialismo. Ou seja, passou a exercer em nome do sistema, o papel de polícia e é natural que contra toda e qualquer polícia, desperte-se uma antipatia.
            Em decorrência desses fatos, criou-se todo um sentimento e um posicionamento, estritamente anti-ianque, cuja expressão mais recente é a oposição ao Império do Norte para os países sul-americanos. Essa postura política, abandona a luta de classes como contradição fundamental e passa ao largo do verdadeiro conceito de imperialismo, produzindo um nacionalismo tosco e até sujeito a posições esdrúxulas como a de promover simpatias pelo antiamericanismo fascista do Talibã, do Irã, da Síria, como exemplos. Isso é um horror!

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